segunda-feira, 18 de julho de 2016

Uma aventura...no fundo do mar

Num dia de sol, levantei-me da cama e fui para a escola. Lá encontrei os meus melhores amigos: a Maria, o André e a Sofia. Começamos a falar, a falar, a falar. Só quando a campainha tocou é que paramos.
Passadas várias horas estávamos ansiosos para sair pois iam começar as férias de verão. Priiiiimmmmmm….. priiiiimmmmmm…. Tocou a campainha.
- Finalmente acabaram as aulas! – dissemos nós, em coro.
Saímos todos a correr quando o André disse:
- Que calor que está!
- Concordo. Podíamos ir à praia e dar um mergulho. – respondeu a Maria.
- Que bela ideia! – disse eu e o André.
Fomos para a praia e estendemos a toalha. Entramos no mar, quando como por magia, conseguíamos respirar debaixo de água e conversar uns com os outros. Como estávamos muito curiosos, mergulhámos cada vez mais fundo. Foi aí que começou a aventura. Vimos coisas espantosas como corais, peixes exóticos e outros animais marinhos.
- Que linda paisagem! – disse  a Sofia.
- É mesmo. – concordou o André.
- Ei… ei! Venham, acho que encontrei algo! – exclamei.
Deparámo-nos com uma gruta enorme, rodeada de corais coloridos e algas ondulantes. A entrada era escura e um bocadinho assustadora, mas a curiosidade era gigantesca.
- Olhem, está ali uma porta. – disse a Maria, espantada.
- Como!? Isso não é possível!! – exclamou o André.
Tentámos abrir a porta, mas sem sucesso. Ela estava trancada. Era muito pesada e parecia estar presa. Então, decidimos procurar a chave. Entretanto, surgiu um peixe a dizer que era impossível encontrar a chave, pois estava escondida há vários anos. Ficámos desapontados, uma vez que gostávamos de saber o que haveria atrás daquela porta. Olhámos uns para os outros e decidimos convidar o peixe para nos ajudar a encontrar a chave, porque ele conhecia bem melhor aquele lugar.
Procurámos, procurámos, revistámos todos os locais possíveis e imaginários. Mas nada… até que a Sofia encontrou uma chave muito bem escondida atrás de uma pequena rocha. Entusiasmados, nadámos logo para a porta. Tentámos enfiar várias vezes a chave na fechadura, mas ela não dava sinais de abrir aquela porta. Desanimados, continuámos a nossa busca. Desta vez foi o André que encontrou uma chave. E, finalmente, era a chave certa. Cansados, mas felizes, decidimos entrar. No entanto, antes disso, o peixe avisou-nos que este mundo era muito assustador. Ao princípio, ficamos receosos. A Maria e a Sofia já se queriam ir embora. Contudo, eu e o André queríamos entrar, porque somos muito aventureiros e nem sempre medimos os perigos e as consequências das nossas aventuras. Depois de alguma insistência lá convencemos as meninas a acompanhar-nos nesta aventura.
Lentamente, entrámos pela porta e, ao contrário do que o peixe tinha dito, encontrámos um mundo maravilhoso. À nossa volta nadavam peixes de vários tamanhos e cores. Ao fundo pareceu-nos ver um castelo. Ficámos intrigados e decidimos nadar até lá.
O castelo era enorme e ficava situado entre dois rochedos negros e escarpados. Estava rodeado de corais que ondulavam ao sabor da maré. Nas suas paredes viam-se estrelas-do-mar e muitas conchas de animais que nunca tínhamos visto. A sua grande porta estava entreaberta. Após alguns minutos de indecisão, resolvemos entrar no castelo.
Ao entrar ficámos um pouco assustados, uma vez que estava tudo muito escuro e não se via ninguém. Muitas coisas estavam destruídas e, não parecia nada um castelo. A quem pertenceria este edifício?
Tentámos não nos separar porque não queríamos apanhar nenhum susto ou ser surpreendidos por alguma criatura misteriosa. Continuámos a nadar para explorar aquele sítio assustador, mas fantástico. Entrámos numa divisão que ficava no cimo do castelo e vimos uma estátua que parecia estar a cair. Aproximámo-nos dela e, de repente, ouvimos um som aterrador. Ficámos imóveis e vimos um enorme tentáculo a aproximar-se da estátua, como se estivesse a observar o que se passava ali. Era um polvo gigante, que assim que se apercebeu da nossa presença tentou agarrar-nos com os seus tentáculos. Com o medo desatámos a nadar sem saber para onde ir e com a loucura de fugirmos batemos com a cabeça numa rocha. Ui, que dores!!!
Apenas sei que acordei na minha cama com o sol a bater-me nos olhos. Afinal, aquela aventura no fundo do mar não tinha passado de um sonho fantástico. Como adoro contar os meus sonhos, resolvi escrever este no papel para não me esquecer. Pode ser que num próximo sonho regresse a este castelo e continue esta aventura.



Bruna Marques (Concurso "Uma Aventura Literária...2016")




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