segunda-feira, 18 de julho de 2016

Uma aventura na floresta

Era uma vez, uma formiguinha chamada Pequenininha. Era a formiga mais velha e mais pequena da sua espécie.
Certo dia, como era habitual nesta altura do ano, a nossa querida amiga formiguinha andava à procura de comida para passar o inverno dentro da sua casinha muito acolhedora. Enquanto andava à procura de comida, reparou que havia um caçador na floresta onde vivia e, com medo que o caçador a visse, tentou esconder-se numa gruta.
Enquanto corria para a gruta, que na verdade era uma fenda num tronco de uma árvore, caiu numa das armadilhas para formigas do caçador.
Quando o caçador ouviu o som da armadilha a ser acionada, dirigiu-se até ao local onde se encontrava a armadilha muito contente, pois poderia ser uma espécie de formigas diferente de todas as outras que já possuía.
 Quando olhou para a armadilha o caçador viu a nossa querida formiga. Então, esta muito aflita, diz para o caçador de formigas:
- Por favor não me mates!
 Muito impressionado e espantado, o caçador diz:
- Como é que é possível! Uma formiga que fala? Deves ser de uma espécie muito rara. E para te aliviar um pouco, não te vou matar.
Ainda com medo (mas pouco) e com uma voz esganiçada, a formiga vira-se para o caçador e pergunta-lhe:
- Então se não me vais matar, o que é que vais fazer comigo?
O caçador, para acalmar um pouco a formiguinha, diz-lhe:
- Não te preocupes, vou-te levar para o meu laboratório onde ficarás em segurança. Mas só há um pequeno problema…
- Então qual é? - perguntou a formiga já nada preocupada.
- É que se demora muito tempo a chegar até lá. - disse muito tristemente o caçador.
Já muito perto do destino, a formiga avista uma pequena ilha muito obscura, assustadora e arrepiante. Era muito esquisita e era também a casa e o laboratório do caçador.
Com muito medo, a formiga pergunta ao caçador:
- Vives sozinho?
- Infelizmente vivo sozinho. - disse o caçador à formiga com os olhos arrasados de água.
Com isto a formiga tentou mudar de assunto, porque reparou que não faltava muito para o caçador começar a chorar. Por isso, disse ao caçador:
- Sabes, eu até gostava de morar aqui contigo.
- Mas tu também tens família. É melhor ires embora. - disse o caçador à formiga.
- Eu não tenho família, por isso é que quero ficar contigo! - disse a formiga.
- Então, como é que te chamas? - perguntou o caçador à formiga com curiosidade.
- Eu chamo-me Pequenininha. E tu, como é que te chamas?
- Não quero dizer, tu vais-te rir. - disse o caçador envergonhado.
- Prometo que não me rio.
- Está bem, já que insistes eu digo-te. Chamo-me Armindo Paredes.
 E assim continuaram a conversar. Viviam há tanto tempo sozinhos que já se tinham esquecido do prazer que é estar com alguém. Até que tanto o caçador como a formiga adormeceram felizes por finalmente terem companhia.
E agora eu pergunto-vos: Será este o início de uma grande amizade entre a formiga e o caçador?


Gonçalo Chouvalov  6ºA (Concurso "Uma Aventura Literária...2016")




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