Era uma vez, uma formiguinha
chamada Pequenininha. Era a formiga mais velha e mais pequena da sua espécie.
Certo
dia, como era habitual nesta altura do ano, a nossa querida amiga formiguinha
andava à procura de comida para passar o inverno dentro da sua casinha muito
acolhedora. Enquanto andava à procura de comida, reparou que havia um caçador
na floresta onde vivia e, com medo que o caçador a visse, tentou esconder-se
numa gruta.
Enquanto
corria para a gruta, que na verdade era uma fenda num tronco de uma árvore, caiu
numa das armadilhas para formigas do caçador.
Quando
o caçador ouviu o som da armadilha a ser acionada, dirigiu-se até ao local onde
se encontrava a armadilha muito contente, pois poderia ser uma espécie de
formigas diferente de todas as outras que já possuía.
Quando olhou para a armadilha o caçador viu a
nossa querida formiga. Então, esta muito aflita, diz para o caçador de
formigas:
-
Por favor não me mates!
Muito impressionado e espantado, o caçador
diz:
-
Como é que é possível! Uma formiga que fala? Deves ser de uma espécie muito
rara. E para te aliviar um pouco, não te vou matar.
Ainda
com medo (mas pouco) e com uma voz esganiçada, a formiga vira-se para o caçador
e pergunta-lhe:
-
Então se não me vais matar, o que é que vais fazer comigo?
O
caçador, para acalmar um pouco a formiguinha, diz-lhe:
-
Não te preocupes, vou-te levar para o meu laboratório onde ficarás em
segurança. Mas só há um pequeno problema…
-
Então qual é? - perguntou a formiga já nada preocupada.
-
É que se demora muito tempo a chegar até lá. - disse muito tristemente o
caçador.
Já
muito perto do destino, a formiga avista uma pequena ilha muito obscura,
assustadora e arrepiante. Era muito esquisita e era também a casa e o
laboratório do caçador.
Com
muito medo, a formiga pergunta ao caçador:
-
Vives sozinho?
-
Infelizmente vivo sozinho. - disse o caçador à formiga com os olhos arrasados
de água.
Com
isto a formiga tentou mudar de assunto, porque reparou que não faltava muito
para o caçador começar a chorar. Por isso, disse ao caçador:
-
Sabes, eu até gostava de morar aqui contigo.
-
Mas tu também tens família. É melhor ires embora. - disse o caçador à formiga.
-
Eu não tenho família, por isso é que quero ficar contigo! - disse a formiga.
-
Então, como é que te chamas? - perguntou o caçador à formiga com curiosidade.
-
Eu chamo-me Pequenininha. E tu, como é que te chamas?
-
Não quero dizer, tu vais-te rir. - disse o caçador envergonhado.
-
Prometo que não me rio.
-
Está bem, já que insistes eu digo-te. Chamo-me Armindo Paredes.
E assim continuaram a conversar. Viviam há
tanto tempo sozinhos que já se tinham esquecido do prazer que é estar com
alguém. Até que tanto o caçador como a formiga adormeceram felizes por
finalmente terem companhia.
E
agora eu pergunto-vos: Será este o início de uma grande amizade entre a formiga
e o caçador?
Gonçalo Chouvalov 6ºA (Concurso "Uma Aventura Literária...2016")
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