segunda-feira, 18 de julho de 2016

Uma aventura com o detetive JOE

Numa grande cidade, por volta dos anos 60, um detetive teria resolvido o maior, o mais complexo, o mais requintado caso de sempre, chamava-se Joe e foi assim que tudo começou:
Numa tarde fria de verão Joe estava no seu gabinete a descontrair, quando ela entrou, parecia preocupada, a sua pele era branca, como o nascer de um novo dia e o seu cabelo negro como a bruma da noite, e foi aí que se ouviram as primeiras palavras vindas da sua boca, que eram melodiosas como o canto de um rouxinol:
-Vim aqui porque disseram que me podia ajudar!
-E creio que o disseram bem!
-Bem, continuando, algumas semanas atrás reparei que me tinha desaparecido o meu colar mais precioso, que continha um diamante de 10 quilates, obviamente que ordenei logo que o procurassem por toda parte, até que há alguns dias recebi uma carta a dizer que uma pessoa teria na sua posse o meu colar e que eu nunca mais o veria, por isso peço-lhe que me ajude a encontrá-lo, por favor.
-Farei o que poder para encontrar o seu precioso colar!
No momento seguinte ela saiu, deixando para trás o seu delicado perfume que se viria a espalhar naquele escuro e triste escritório.
Passaram horas e até mesmo dias, o inspetor parecia preso, como um cavalo selvagem já mais libertado pela desgraça e culpa, pois ainda nenhuma pista, nem uma, teria desvendado.
Até que num dia um envelope chegara a sua posse, o este continha um pedaço de fio, que certamente deveria ser do colar que fora roubado, dentro do envelope estava também uma carta, o papel da carta era áspero como o formar da pedra, a partir da areia, as letras eram recortadas de um jornal e coladas no papel com todo o peso do mundo, e lá estava escrito:
-Sei de que andas à procura e posso ajudar, vem ter comigo hoje, às 15h ao Museu de História. Estarei ao pé do famoso quadro «Monna Lisa», levarei vestido uma gabardine preta e terei uma mala bege, ver-nos-emos lá.
E assim foi, quando Joe lá chegou, o senhor misterioso já lá estava, a sua descrição era igual à que vinha no papel, Joe aproximou-se e o senhor misterioso falou, com uma voz áspera, como um miar de um gato que se tenta agarrar com todas as forças à vida:
-Vieste, ótimo, mas agora temos de ir para um sítio mais seguro.
-Vamos para o meu escritório.
-Excelente.
Quando chegaram ao escritório Joe perguntou ao senhor como é que ele tinha na sua posse o fio do colar que ele procurava, porque o mandara para ele e porque tinha de falar com ele com tanta urgência.
-Há alguns dias atrás recebi uma carta que combinava a hora e o local de uma troca entre um colar com uma pedra muito cara e preciosa e muito dinheiro, a carta não tinha remetente nem destinatário, por isso achei muito estranho, mas arrisquei na mesma.
 Quando cheguei ao local do encontro, estava lá um homem todo tapado e que não mostrava a cara, aproximei-me dele, mas antes de dizer uma palavra este, fugiu deixando para trás o fio do colar, daí em diante passei o tempo todo a pesquisar sobre aquele fio, o colar e a quem pertencia, até que cheguei a si, e o resto da história já conhece.
-Obrigado por este esclarecimento, agora já pode ir, mas só mais uma coisa, onde e quando decorreu esse acontecimento?                                                                                                                                 
-Foi há três dias, no parque, à beira do lago.
-Foi realmente no parque? Deve ter sido filmado pelas câmaras de segurança.
Dito isto, e depois de o senhor misterioso sair, o inspetor sentou-se na secretaria a pensar:
-Se saio a correr porta fora, em direção ao parque, quando lá chegar dirijo-me imediatamente à Central de Segurança do Parque, onde estão todas as cassetes de filmagens de segurança.
Quando entrou, pediu logo para ver as cassetes de há três dias, passado algum tempo conseguiu encontrar numa das cassetes o momento em que o homem, que possuía o colar fugiu, o senhor misterioso que tinha prestado declarações realmente estava certo quando dissera que o homem tinha a cara tapada, mas com alguns melhoramentos de imagem, e um bocado de zoom conseguiu uma imagem da cara.
No dia seguinte, logo depois de acordar, foi ao Registo Civil para procurar o nome da pessoa da imagem.
Passado algumas horas, mergulhado em livros, finalmente encontrou o homem chamava-se Noah Oscar e era conhecido por ser o ladrão mais perspicaz de sempre. 
Depois de ter descoberto o nome do ladrão decidiu ir ao parque para ver se encontrava mais pistas.
Já no parque, no mesmo local onde era para ser feita a troca, encontrou um papel que tinha escrita uma morada e um nome de uma pessoa, achou estranho e começou a examiná-lo, até que encontrou um recado escrito a letras minúsculas na parte de trás do papel, que dizia a pessoa para quem era destinado. Quando leu o nome ficou pasmado a olhar pois o nome era: Noah Oscar, o famoso ladrão que teria roubado o precioso colar.
Foi então à morada que estava escrita no papel, era uma casa simpática e bem construída.
 Joe reparou que à porta estavam dois homens, ambos com a cara tapada e gabardines. Então  quis ver mais de perto, ao aproximar-se reparou que um deles abrira a mala e lá dentro estava o colar, por isso teve de intervir.
-Parem, em nome da lei! - disse ele apontando a sua pistola.
Ambos colocaram as mãos no ar, mas o Noah Oscar começou a correr deixando a mala com o colar para trás, pôs então umas algemas no que ficara, pegou no colar e no dinheiro e dirigiu-se à esquadra para entregar o dinheiro e o homem.
Depois foi à casa da mulher para lhe entregar o diamante e o fio do colar, e para contar-lhe o que se tinha passado e quem lhe tinha roubado o colar.


Ana Margarida Cardoso 6º A (Concurso “Uma Aventura Literária…2016”)

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