segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

O Natal é para amar

Há na casa grande harmonia

Em volta de doces e prendas

E na árvore muita alegria

Hinos, cânticos e lendas.


Quem me dá um jardim com flores?

Borboletas de muitas cores...?

Quem me compra este cachecol?

Quem me dá aquele raio de sol?


Há uma estrela lá em cima a brilhar

É uma noite diferente, em família

Hoje celebramos a noite de Natal

Uma noite em união para amar...


Luís Alfonso Guimarães Peralta  5ºA  (PLNM)

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

O AMOR

O AMOR é mais forte que tudo,
É difícil esquecermo-nos de quem adoramos,
Mas quando damos por nós,
 Já estamos a pensar no passado.
Uma flor que murcha por fora,
Mas que por dentro,
Mostra tudo o que tem!
Felicidade, dar todo o coração,
A quem muito gostamos!
Libertarmo-nos,
Sermos poderosos, no que temos,
Coragem, enfrentarmos os nossos medos!
Ser verdadeiro!
Mostrar ao outro o que sente,
Pois, ele nem todo o dia,
Pode estar presente!
 
Maria de Brito e Faro Coutinho  5ºA

 

Um verdadeiro amigo

Era uma vez, um menino chamado Miguel, que tinha sete anos de idade.
Este menino, todo o santo dia ficava sentado no sofá ou junto da janela a observar os meninos a brincarem lá fora, muito entretidos. Alguns a pensar como seria o dia de amanhã, outros a jogar à bola, outros a saltar à corda… Mas todos estavam acompanhados de alguém. Isso é que interessava ao Miguel, pois ele só queria ter um amigo! Para ele não interessava o que se fazia, pois Miguelito só queria ter um amigo! A palavra amigo significava muito para o Miguel! Por isso, quando fazia um desenho ou um rabisco ou até um texto, escrevia sempre esta palavra em maiúsculas. Ah! Já me esquecia! Miguel gostava muito de desenhar. Também passava o dia a desenhar. Era um rapaz tímido, mas divertido, simpático, mas como só conhecia o pai e a mãe (e o resto dos familiares) era sempre à mesma pessoa que dizia bom dia ou boa tarde ou mesmo até boa noite.

O menino já começava a cansar-se de estar sempre no mesmo local sem ter sequer alguém especial com quem conversar, por isso pediu ao pai e à mãe se podiam ter um filho.
         Os pais responderam que não eram eles quem escolhia se podiam ter um filho ou não, mas que cabia a Deus tal decisão.
 Miguel trancou-se no quarto. Tinha que arranjar forma de se entreter com alguém…mas não sabia com quem. Então começou a desenhar numas folhas que o padrinho lhe tinha dado.
        Naquele espaço tudo estava silencioso. Então começou a desenhar a família com cores alegres. Foi aí que apareceu um passarinho junto da janela.  Miguel abriu a janela, pois parecia que o passarinho estava em apuros. O passarinho entrou em rodopio no quarto do menino.
          O rapaz ,com aflição, afugentou o frágil animal tentando que este saísse do quarto mas… o pássaro poisou na cama do Miguel e começou a conversar. A conversa foi tão grande que os pais de Miguel já começavam a achar estranho como é que ele ainda não tinha ido para a sala, observar a natureza pela janela.
          A conversa já tinha terminado e o menino tinha finalmente encontrado um verdadeiro amigo. Foi o momento mais feliz da vida de Miguel. 
       Já podia contar aos pais que tinha arranjado um amigo, e que brincava muito com ele.


 Maria Brito e Faro Coutinho     6ºA

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Nem tudo o que parece…é!

Albano, o pelicano,

Do alto do mastro observava

A gaivota num cano

A ver se boiava.

 
Entretido olha,

Até que pergunta:

- O que olha?

A gaivota resmunga...

 
Insiste o Albano,

Pois é curioso!

- Serve para quê o cano?

Continua ansioso…

 
No silêncio

Esta se mantém…

E Albano faz anúncio.

Com desdém…


-É surda ou não quer contar!
 
Muito se engana o Albano pelicano, que da vida dos outros quer saber para contar. A gaivota migrava do Norte e descansava no cano e português não sabia falar…

                    

Ana Raquel Rebelo Peixoto      5.º A

As dez palavras brincalhonas

A palavra CÃO dá-te mil cachorrinhos.

Se estás só, pronuncia bem alto a palavra AMIGOS.

A palavra AMOR concerta o teu coração partido.

Basta dizeres a palavra FLOR para teres o teu campo todo colorido.

A palavra LUA ilumina a noite escura.

Se estás com frio e queres calor, a palavra SOL vai-te ajudar.

A palavra DOCE serve para a tua boca adoçar.

Se um quadro queres pintar, a palavra CRIATIVIDADE vais pronunciar.

A palavra AVENTURA ajuda-te a sonhar.

Se queres aprender, a palavra ESTUDO vais dizer.



Margarida Ferreirinha   5ºA

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Abecedário de apelidos

A é o Amorim
que não sai do seu jardim

B é o Braga
para ele há sempre uma praga

C é o Camões
que nunca gostou de leões

D é o Domingues
que não quer que choramingues

E é o Esteves
que tem um belo mercedes

F é o Farinha
só chateia o maninho

G é o Gaspar
que está sempre no teu lugar

H é o Horta
está sempre a bater com a porta

I é o Inácio
que é o novo primo do Horácio

J é o Janeiro
é importante o ano inteiro

L é o Letria
tem sempre a cabeça no outro dia

M é o Mota
que está sempre na risota

N é o Nunes
que está sempre a gritar pelo Antunes

O é o Oliveira
que gosta muito da sua pereira

P é o Pessoa
está sempre a falar à toa

Q é o Queirós
que nunca larga a sua noz

R é o Rodrigues
que não quer que lhe ligues

S é o Soares
atira tudo pelos ares

T é o Tomás
que risca tudo quanto faz

U é o Urbano
que fica cá por mais um ano

V é o Varandas
que quer entrar em duas bandas

X é o Ximenes
ouve todos os dias as sirenes

Z é o Zambujal
que admite que canta mal


Francisco Moitinho   5ºA

Abecedário maluco

A é o Andrade que come em cima da grade

B é a Barbosa que gosta de ser estilosa

C é o Cardoso que queria ser como o Veloso

D é o Delgado que para entrada come gelado

E  é o Escovar que anda sempre a brincar

F é o Ferreira que come folhas da figueira

G é o Guimarães comprou 30 sacas cheias de pães

H é o heitor que tem dentes de castor

I é o Inácio que lê uma história ao contário ao Horácio

J é o Justino que só sabe fazer o pino

L é a Leite que entornou o azeite

M é a Machado que tem um cheiro amorangado

N é o Norberto que mora aqui bem perto

O é o Olegário que guarda a água no armário

P é o Pedroso que é guloso e muito manhoso

Q é o Quintel que está sempre no quartel

R é o Ribeiro que gosta de lanchar no galinheiro

S é o Simão que é azedo como um limão

T é o Taveira que na janela tem uma caveira

U é o Urbano que embrulha a dentadura num pano

V é o Veloso que é tudo menos charmoso

X é o Xavier que não sabe onde deixou a mulher

Z é o Zambujal que forra o quarto com papel de jornal


Catarina Francisco    5ºA

As palavras

A palavra pena
 é leve como uma pena

A palavra cavalo
corre como um cavalo

A palavra castanha
não pára de estalar

A palavra laranja
sabe que nem uma canja

A palavra pão
sabe a satisfação

A palavra coração
é tão gorda como um balão

A palavra magusto
é para o Augusto

A palavra João
queima-se no fogão

A palavra cantar
está sempre a dançar

A palavra sorriso
espalha-se que nem o som do guizo


Inês Cardoso Liça    5ºA

Abecedário sem juízo

A é o Alves
Que ficou enjoado por causa dos bivalves

B é o Barros
Que só sabe estragar carros

C é o Costa
Que dá uma resposta

D é o Dias
Que tem muitas manias

E é o Eça
Que saiu de uma grande peça

F é o Ferraz
Que só come ananás

G é o Guerra
Que toma banho com terra

H é o Horácio
Que é um grande "pascácio"

I é a Ivonete
Que anda sempre de trotinete

J é o Jacinto
Que parece um bicho extinto

L é o Lourenço
Que limpa o pé ao lenço~

M é o Marques
Que só gosta de comer tartes

N é o Napoleão
Que se veste como um camaleão

O é o Oliveira
Que gosta de dormir na eira

P é o Peixoto
Que mora no esgoto

Q é o Queiroz
Que tem um ar feroz

R é o Rebelo
Que tem como amigo um selo

S é o Salomão
Que só come salmão

T é o Tavares
Que tem 1001 andares

U é o Urbino
Que ninguém acredita mas é assassino

V é o Vieira
Que ainda nada com uma braçadeira

X é o Xavier
Que tem cara de colher

Z é o Zarco
Que afundou o seu barco.


Luís Barros Ferreira Sousa   5ºA


quinta-feira, 28 de novembro de 2013

O homem e o futuro

        Hoje em dia o papel do homem na preservação do meio ambiente e na proteção das espécies em vias de extinção torna-se cada vez mais importante.
        Cabe ao homem preservar a natureza bem como proteger os animais que nela vivem.
        Se o homem continuar a incendiar as florestas, a deitar lixo para o chão, a poluir rios e mares, vai acabar por destruir a sua própria "casa", levando à morte de todos os seres vivos existentes no meio ambiente. Com tudo isto o homem deixou de viver em harmonia com o ambiente e tornou-se na sua principal ameaça. Para além disto é preciso salientar que o homem com as suas invenções polui cada vez mais o ar que o rodeia, provocando doenças respiratórias, como por exemplo, a asma e a bronquite.
        Ao agir muitas vezes sem respeito pelos direitos dos animais, o homem causa a diminuição de muitas espécies. Na minha opinião, a natureza é demasiado bela e preciosa para ser maltratada e por isso, cada vez mais, devemos sensibilizar o homem para cuidar do meio ambiente.

Matilde Rodrigues   6ºA

Escuridão

Três escuridões na nossa vida
Todas elas com a sua razão
A noite, o fechar dos olhos
E o espaço com a sua imensidão.


A noite sempre tão escura
Sem o sol que nos ilumina
Pode trazer mistérios
Que a todos fascina.


Quando fechamos os olhos
Abrimos espaço à imaginação
Tudo se torna mágico
No meio da nossa escuridão.


O espaço tão infinito
Com as suas estrelas brilhantes
Torna-se escuro por vezes
Com os seus segredos fascinantes.

Matilde Rodrigues  6ºA

Palavras!

A palavra gelada é tão fria.

A palavra baton pinta os lábios.

A palavra paz soa tão bem!

A palavra chocolate é muito deliciosa.

A palavra mundo é enorme.

A palavra amor é tão bela!

A palavra caneta escreve várias cores.

A palavra luta é horrível.

A palavra fome mata muitas pessoas com ela.

E a palavra roubo faz muitas coisas más.

Catarina Leite  5ºA

terça-feira, 26 de novembro de 2013

O mendigo


Numa aldeia pouco movimentada e pobre, numa rua escura, parava todos os dias um mendigo a pedir esmola ou comida.
                Um dia Deus resolveu ajudá-lo, mas, para isso poder ser feito o mendigo teria de passar no teste da caridade. Então, um dia, Deus passa por ele na forma de uma velhinha que levava num saco de pano um pão quente e cheiroso. O mendigo ao sentir aquele cheiro delicioso e com a fome que estava, logo lhe pediu o pão, pois estava cheio de fome.

                A velhinha (Deus) diz-lhe:
                - Este pão é o único que tenho e é o meu jantar, mas vou dar-to pois precisas mais do que eu.
                O mendigo agradeceu aquela oferta com muita sinceridade. A velhinha disse-lhe:

                - Não me agradeças. Em vez disso promete-me que farás o mesmo aos outros, pois se assim o fizeres nunca mais terás fome.
                - Prometo – respondeu o mendigo.

Momentos depois Deus volta a aparecer ao mendigo enquanto este comia o delicioso pão, mas, desta vez, disfarçado de mendigo muito magrinho e esfomeado. Ao passar pelo mendigo falou com ele num tom meigo e sincero:

                - Que belo pão tens na mão e que bem que cheira, podes partilhar um pouco comigo?
O mendigo logo escondeu o pão dizendo que só tinha aquele, que fosse pedir a outra aldeia pois ele era e continuaria a ser o único mendigo. Desta forma ele teria mais hipóteses de receber esmola.

Deus transformou – se então de novo na velhinha que há pouco tempo atrás lhe tinha entregado o único pão e disse – lhe:
                -Eu sou Deus, e vim para te ajudar, mas tu falhaste à promessa que tinhas feito quando recebeste o pão. Já não te posso ajudar pois tu perdeste a oportunidade que te dei, de seres caridoso com os outros.

                O mendigo aprendeu assim uma lição: Deve cumprir-se sempre o prometido e fazer o bem a quem precisa.

Inês Gonçalves   6ºA

 

O silêncio

O silêncio que me acolhe

no meio da escuridão

O silêncio da noite

que me diz sim ou não


O silêncio do dia,

o silêncio do amor

Que me abre uma luz

para o seguir sem pavor


O silêncio da dança,

do amor e da alegria

O silêncio da vida,

da paz e da harmonia


O silêncio para mim

é o meu melhor amigo

Está sempre comigo,

mesmo quando estou perdida...


Alexandra Cardoso  6ºA

Uma Noite Misteriosa

Nas férias grandes, costumo passar um mês em casa dos meus avós maternos, no campo.
Este verão não foi exceção , mas desta vez levei comigo 3 amigas  : a Constança ,a  Renata e a Filipa.
Durante o dia estivemos a brincar no terraço, fomos divertimo-nos com as galinhas e com a minha cadela, a Mimi…
Chegada a noite fomos vestir o pijama, jogar e ver televisão.
Estava tudo calmo quando de repente nos pareceu ouvir um barulho, não demos importância e continuamos a brincar.
Passado alguns minutos ouvimos outra vez o mesmo barulho e desta vez repetidamente, parecia alguém a bater à janela.
Saltámos do sofá , abrimos a janela e olhamos para um lado e para o outro e nada… mal fechamos a janela, ouvimos novamente o barulho, e desta vez parecia o som de pancadas “ toc toc” .
Voltamos a abrir a janela e nada…
Sempre que fechávamos a janela o barulho era mais insistente, cada vez, mais amedrontadas, ocorreu-nos chamar o meu avô.
E  quando este abriu a janela, veio uma rajada de vento forte e nessa altura descobrimos o mistério, afinal era só um ramo de uma árvore que batia na janela .
Desatamos todas à gargalhada e foi assim passada mais uma noite com um mistério à espreita.

Sofia Roque 5ºA

 

domingo, 24 de novembro de 2013

A Árvore dos Marcadores

                                        (baseado em factos reais, acho eu)

 
  Numa sexta-feira à tarde, porque não tinham aulas, Sílvia, David e Madalena foram até ao Canteiro das Mil Surpresas, na Rua da Botânica.

  Lá, havia árvores que davam croissants e havia outras que davam materiais de construção, como tijolos, martelos e alicates. Estas últimas apenas existem em redor do lago de argamassa (que também faz parte deste jardim botânico). Até havia árvores que davam outras árvores! Havia ainda flores-de-mel, que os palhaços desta cidade usavam em vez das flores de água, pois parece que as pessoas preferem ser salpicadas com mel do que com água, porque assim aproveitam para lanchar. Por esse motivo, cientistas e enólogos (provadores de vinho) de todo o mundo estão a trabalhar na flor-de-champanhe.

  O Senhor José, o vendedor de sementes e amigo de todos, cumprimentou os três amigos:

  -Ora viva, meninos. O que vai ser hoje? Talvez uma semente sarapintada da plantas-das-riscas ou uma semente camaleónica da árvore-transparente?

   As crianças adoravam comprar sementes ao Sr. José; até tinham o seu próprio Jardim das Maravilhas, em casa, com árvores-anãs (cujas sementes são enormes), árvores-gigantes (cujas sementes são microscópicas) e até mesmo árvores-de-delícia-líquida. Estas plantas possuíam um tronco oco, cheio de copos de plástico, e dos seus ramos, brotavam frutos, todos diferentes mas igualmente saborosos, que quando eram espremidos para os copos, davam o melhor sumo natural que existia.

  Para ter uma surpresa, o David fechou os olhos e colocou a mão no pote das sementes e retirou uma estranha semente triangular, com um arco-íris desenhado num fundo branco.

  -Essa semente são “protótipos”. Era suposto que delas nascessem      árvores-das-cores, mas acabaram por nascer árvores cinzentas, com um aspeto podre e tóxico. Por isso, foram logo transformadas em vários pares de mesinhas de cabeceira. Essa é a única que resta e eu devia tê-la deitado fora, mas estou a ficar velho e esquecido.

  -Levamo-la à mesma – afirmou a Madalena com convicção – E aproveitamos para levar também fertilizante evolutivo.

  Esta espécie de adubo tinha a capacidade de evoluir fosse o que fosse. Transformava uma semente em árvore em doze dias.

  Foram a correr para casa da Sílvia, onde ela tinha o seu Jardim das Maravilhas. Ela escavou, num instante, dez buracos para eles colocarem umas velhas sementes que guardavam na cave. Rapidamente, plantaram uma árvore da Sibéria que já nasce com neve e tudo; uma planta–nua que nunca tem folhas, o que cria um problema com a fotossíntese; três arbustos-voadores, pequenas plantas que levantavam voo até dez metros de altura e ficavam presas apenas por uma raiz finíssima;  uma planta-do-mar, uma árvore da qual crescem aquários nos ramos, onde as crianças iriam por os seus peixes- borboletas; dois arbustos-do-milho-moçambicanos, plantas que atingem, só por si, temperaturas entre os setenta e oitenta graus, o suficiente para fazerem pipocas (daí o nome arbusto-do-milho); uma flor–da-net cujas raízes são cabos elétricos e as pétalas são minicomputadores para as abelhas; e, é claro, a tal árvore-das-cores.

  Como era tarde, separaram-se e foram logo para casa. Só passados três dias, é que a Sílvia se lembrou de que não tinha colocado o tal fertilizante na   árvore-das-cores. Foi até ao seu jardim e reparou que a planta ainda tinha crescido pouco. Tinha apenas alguns centímetros e uma mísera folha. Pôs-lhe o fertilizante e uma tabuleta a dizer “Árvore-das-Cores”.

  Passados mais três dias, foi a Madalena que se lembrou do fertilizante, pois a Sílvia não lhe contou que já tinha tratado da árvore. Foi a casa dela, mas não estava ninguém. Na porta, lia-se um aviso “Fui comprar botas”, Mesmo assim, a Madalena foi ao jardim. Qual não foi o seu espanto quando viu a árvore ainda com poucas folhas, mas com ramos aguçados com a ponta em carvão e em forma de lápis. Deitou o fertilizante e riscou a tabuleta. Ao lado escreveu “Árvore-dos-Lápis”.

  Também caiu no erro de não contar ao David. Lógico que, três dias depois, lembrou-se ele e foi a casa da Sílvia. Mais uma vez, ela não estava e tinha deixado outro aviso que dizia ”As botas estragaram-se, fui comprar umas novas”. Também ele foi ao jardim e também ele ficou espantado ao ver a árvore, já com bastantes folhas, com os ramos mais arredondados com a ponta em pelo e em forma de pincel. Também ele despejou o fertilizante e também ele riscou a tabuleta. Depois escreveu “Árvore-dos-pinceis”.

  Passados mais três dias, por coincidência, foram os três ver como estava a árvore. Ficaram boquiabertos, de tal modo que a Sílvia até engoliu uma mosca. Tinha tantas folhas que quase não se viam os ramos, dos quais brotavam marcadores como se fossem frutos.

  Após um curto diálogo, todos concordaram em colocar uma nova tabuleta onde escreveram

                               “ÁRVORE DOS MARCADORES”
 
Nuno Pinto  6ºB

O vento

Oh vento bom e mau

Brisa suave ou forte

Não te quero em Macau

Pois tu dás-me muita sorte!


Levas a chuva num vaivém

Danças no ar suavemente

Não pedes licença a ninguém

Pois tu és transparente...


Matilde Rodrigues  6ºA 

Uma criança, um professor, uma caneta, um livro...


   Uma criança é uma das coisas mais importantes da vida, um dos seres mais importantes do mundo. A imaginação e a criatividade são valores que devem ser desenvolvidos em criança, para que não desapareçam em adulto. As crianças têm uma mente mais pura e mais focada, como é retratado na conhecida fábula africana “O canto maravilhoso do pássaro misterioso”.

   Um professor é alguém que nos educa, que nos ensina, que nos incentiva a darmos o nosso melhor. Os nossos pais também são professores (para nós, é claro).E mesmo sem terem habilitações escolares suficientes, os nossos amigos também podem ser professores, se nos derem um bom conselho ou nos ensinarem a fazer algo corretamente.

   Uma caneta pode servir para escrever uma redação como esta, um trabalho ou uma pesquisa, que informa quem quer que a leia; uma receita, que delícia para quem a lê ou a faz !; uma carta, que mata as saudades dos emigrantes ou dos amigos separados por uma longa distância; uma história, que nos faz sonhar, rir ou chorar; ou então, um poema, que liberta as nossas emoções.

   Um livro foi escrito por uma caneta e transmite-nos prazer. Faz-nos querer ser isto ou aquilo; mas também nos ensina, nos educa. Um livro é outro exemplo de um professor. Um livro pode igualmente ser um companheiro ou um lugar onde desabafamos, onde partilhamos os nossos sentimentos – é o caso do diário.

 
   E eu acredito que uma junção dessas quatro coisas pode mudar o mundo.

    Baseado na célebre frase “One child, one teacher, one pen and one book can change the world” (Uma criança, um professor, uma caneta e um livro podem mudar o mundo) que Malala Yousafzai disse quando foi às Nações Unidas, no dia do seu décimo sexto aniversário.



 Nuno Pinto     6º B

O mistério da casa desconhecida


Certo dia no Colégio de Santa Maria dos Enigmas, cinco amigas olhavam fixamente para uma casa velha e abandonada, que se situava mesmo ao pé do colégio e que estava protegida por umas redes cortantes e de ferro.

Elas eram as cinco estudantes mais admiradas do colégio.

Uma delas era a Zoe a mais corajosa delas todas. A seguinte era a Mackenzie a mais bonita. Seguia-se a Cloe, a mais bondosa do grupo. A Isabelle era a mais inteligente e por fim a mais rebelde, a Avery.

Elas em todos os intervalos escutavam, sentiam e percebiam que algo dentro daquela casa não estava bem. Muitas vezes fugiam secretamente para o local proibido e investigavam. Das vezes que lá iam encontravam vestígios de coisas estranhas como uma faca, um pedaço de vidro, um batom velho, etc…

Um dia voltaram lá e apareceu-lhes uma mensagem muito estranha a dizer:

- Ajudem-me por favor, antes que o assassino apareça!

Ao receberem tão estranho pedido decidiram ir investigar.

Pegaram nas suas gabardinas, numa lupa, alguns mantimentos e uns óculos de visão noturna.

Para se passar para aquela casa protegida tinha-se de trepar as redes de ferro, mas como eram cortantes decidiram pegar na escada que estava encostada à rede e subiram.

Chegaram ao terreno da casa e ficaram perplexas ao ver restos de sangue e outra mensagem a afirmar:

- Já vieram tarde pois eu já a apanhei!

Então a Zoe pegou num tijolo que estava no chão colou um papel e escreveu:

- Não sei quem tu és mas deixa-a ou deixa-o em paz.

E logo de seguida atirou o tijolo para o andar mais alto da casa, partindo a janela.

A Isabelle que não estava lá muito contente com toda aquela situação, sugeriu que se fossem embora. Mas a Avery logo reclamou:

- Não sejas medricas! Vai ser divertido!

- Meninas nós vamos entrar, mas é só para investigar depois vamos embora.- interrompeu a Mackenzie.

Todas concordaram e entraram.

Passados uns bons minutos, ouviram um ruído invulgar e voltaram-se para trás. Foi então que uma faca quase as matava pois apareceu-lhes à frente com outra mensagem a dizer:

-Se querem a pessoa de volta têm de voltar no dia 31 de outubro, às 17:00 com guloseimas.

Sem perceberem bem foram-se embora a correr.

Passaram os dias e chegou o momento. Quando chegaram ao lugar estavam um pouco assustadas, mas entraram na mesma.

Quando chegaram a um quarto escuro, apenas viram umas sombras que se aproximavam lentamente delas e que de repente gritaram:

- Feliz Halloween, parabéns a todas por terem desvendado o mistério!

Elas tinham sido enganadas pelas suas colegas de turma! E com aquilo tudo tinham-se esquecido que era Halloween.

Então ficaram a desfrutar da festa de Halloween.

 

Margarida Ferreirinha  5ºA

 

Susan, a bailarina

Susan vai fazer o seu primeiro espetáculo, e está tão empolgada que está sempre aos saltos como um canguru.

Fica atrás das pernas do palco e quando ouve a sua deixa, dança para o seu lugar como uma andorinha. Mal chega lá, fica enrolada em si mesma, como uma serpente. Quando ouve a melodia começa a desenrolar-se lentamente, como uma preguiça que acabou de acordar.

Começa a dançar graciosamente, como um golfinho a nadar. Salta e rebola, como um cachorrinho que quer brincar. Equilibra-se em pontas de pés e ergue os braços, como um pássaro a voar.

No fim do espetáculo toda a gente aplaude, e dizem que é bonita como um cisne. Ela agradece e sorri, e sai do palco como uma gazela apressada.

Quando chega a casa estende-se no seu sofá e adormece como um gatinho ensonado.  

 
Margarida Ferreirinha  5ºA

A Floresta (continuação de história)

Isabel nem queria acreditar no que via! Dentro da pequena casinha estava um anão!

O anão estava a dormir na caminha de bonecas e parecia ser um sono profundo. Ele também tinha uma grande barba laranja e parecia que não estava com bom humor.

Isabel não queria acordar o anão, pensando que talvez se ele acordasse poderia assustar-se. Tentando afastar-se com cuidado da casinha, pisou um pequeno pau que, fez um ruído, e que acordou o anão. O anão muito assustado começou a correr desesperado com a esperança de encontrar uma saída.

Isabel tentou calmar o anão dizendo:

- Não tenhas medo, eu não te faço mal!

Mas o anão não ouviu, pois só pensava em escapar daquela casa.

Então a Isabel repetiu:

- Tens de te tentar acalmar! Eu já te disse que eu não te faço mal. Fazemos assim, eu deixo-te sair mas tu tens de ficar aqui, prometes que não foges?

O anão abanou a cabeça e ficou quieto à espera que a rapariga saísse da frente da casa. Mal ela saiu da frente da casa começou a fugir a sete pés, mas parou pois lembrou-se da sua promessa.

Aproximou-se devagarinho de Isabel e parou à sua frente, ainda um pouco atormentado.

Isabel apresentou-se e o anão logo respondeu:

- Eu sou o anão da diversão, sou o único anão desta zona e por isso tenho de me proteger de todos os perigos! Então tu nunca viste um anão?

- Não, és o primeiro que vejo! Não tens nenhum amigo por aqui?

- Não, estou completamente sozinho.

Então a Isabel propôs o anão:

- Queres brincar comigo o resto da tarde de outono?

- Pode ser - concordou o anão.

E divertiram-se o resto da tarde soalheira.

Fizeram muitos jogos incluindo, as escondidas, caça tesouros, apanhadinhas, etc.

O jogo favorito da menina era o caça tesouros pois ela adorava encontrar coisas perdidas como, um diamante perdido, uma pena valiosa de pássaro, um colar de pérolas, enfim muita coisa.

E foi aí que o anão achou uma coisa muito estranha… Ele tinha achado um portal secreto para um lugar subterrâneo.

Desceram cuidadosamente e de repente  Isabel avistou uma luz intensa no horizonte e exclamou:

- Mas que coisa é aquela?

Continuaram a avançar e encontraram uma relíquia… O maior diamante de todos!  Isabel pegou nele e correram os dois para saída. Ela guardou o anão no bolso, entrou em casa e exclamou:

 - Mariana, Mariana olha bem para este diamante!

- Diamante?! Oh meu Deus, que grande que é! Onde é que tu andaste para encontrares tal coisa?

- Ah… Por aí. Mas isso não interessa agora, já que fui eu que o apanhei vou dar-te este presente! Mas vou parti-lo a meio pois quero dar uma parte a um amigo muito especial.

Voltou pra o jardim, retirou o anão do bolso, entregou-lhe metade do diamante e ficaram a conversar sobre o assunto.
Margarida Ferreirinha  5ºA

A vida

A vida pode ser traiçoeira

Um dia "rica" e no outro "pobre".

Contenta-te com o que tens

E nunca deixes de ser nobre!

A vida não são só coisas más

Presta muita atenção

Vê a felicidade que te rodeia

e age sempre com o teu coração.


Matide Rodrigues  6ºA

A vida

Nascer, crescer e morrer,

Faz parte do nosso viver,

E para este ciclo explicar,

O poema tem de continuar.

 

Somos pequenos embriões,

À espera de nascer,

Somos os únicos que ouvimos,

O coração da mãe a bater.

 

De seguida somos crianças,

Adolescentes e adultos,

Até à morte,

Em que nos tornamos vultos.

 

Tanto tempo que passa,

Até sermos uma "velha carcaça"!

Mas a pergunta que tens que fazer,

Será que me diverti a valer?
 
Marta Lopes  6ºA

A vida

 

A vida é um livro,

Um livro repleto de páginas brancas

À espera de serem escritas

Com coisas boas

E nós, os escritores e ilustradores do tal livro

Escolhemos o seu rumo, o seu sentido,

O que queremos que ela seja.

 

Devemos ser muito cuidadosos

Pois se o caminho que escolhermos for mau

Não nos conseguimos livrar dos "maus hábitos"

Que mais tarde nos vão "assombrar",

Colar-se-ão a nós como lapas

Que nunca poderão ser retiradas.
 

                   Gonçalo Coelho    6ºA

A palavra...

A palavra amor faz-me sentir o amor que tenho pelo meu pai.
 
A palavra amizade lembra-me os meus amigos em Cuba e no colégio.
 
A palavra carinho faz-me sentir o miminho que me dá a minha mãe Brigith.
 
A palavra passeio lembra-me as férias.
 
A palavra livro ajuda-me a aprender.
 
A palavra flor lembra-me as meninas e que a elas não se pode magoar porque são flores.
 
A palavra azul faz-me lembrar os meus olhos, o mar azul e as nuvens.
 
A palavra casa é para mim um abrigo.
 
A palavra canção lembra-me o ritmo e a melodia.
 
A palavra solidão faz- me companhia.                                                                                                                 
 
 
Luis Alfonso Peralta  5ºA (PLNM)



A palavra poema…

A palavra poema chama pela palavras melodiosas,

A palavra poema chama pela palavra verso,

E a palavra verso trás de mão dada a palavra rima.

A palavra rima, que nunca anda só, convidou a palavra melodia.

E a palavra melodia?

Bem… a palavra melodia, com a sua bela voz, trouxe a palavra sonho.


Todas juntas em sintonia chamam as belas palavras do mundo.

E assim surgiu a palavra poesia!

A palavra poesia ficou rodeada pelas palavras alegria e carinho.

E estas lindas palavras voaram pelo céu…


Ana Raquel Rebelo Peixoto –  5.º A

Palavras...


A palavra flor é linda como uma flor.

A palavra adeus faz-me chorar como perder uma pessoa.

A palavra nuvem que em tempos foi água já vai lá em cima.

A palavra casa é parecida com um super abrigo.

A palavra pão é o meu dia-a-dia.

A palavra ilha é a cabeça de um gigante.

A palavra bosque é a Mãe Natureza em pessoa.

A palavra céu é a mais bonita de todas.

A palavra estrela é a que brilha mais no meu coração.
 
Francisco Moitinho 5ºA

           
        

Um Zero à Esquerda

   Olá!

   Eu sou o Zero à Esquerda (e, por favor, poupem os risinhos). Sou aluno da Faculdade Numeral Intelectual e sou muito famoso. Tenho, aliás, muitas alcunhas. Devido à minha forma, alguns chamam-me de “gordo”, outros de “balofo” e ainda outros nomes que não vou mencionar. Afinal, isto vai ser lido por crianças. Eu próprio, o Zero, estou presente na minha vida imensas vezes: costumo ter 0 euros e 0 cêntimos na carteira; já tenho carro que anda a 0Km/h, e tem 0 mudanças; tenho 0 amigos; tiro 0 a todas as disciplinas e “zeroalmente” não sou escolhido para jogar numberball.  

   Continuando, lá na minha escola, há uma rapariga, a menina Seven, que é admirada por todos os rapazes só por ser britânica. Eu próprio já tentei a minha sorte. Uma vez, empurrei-a para o lado impedindo que uma bola de futebol lhe acertasse em cheio. Ela disse-me que queria dar-me uma prova do seu “afeto”. Ao fim, uma grande estalada foi o que eu levei. Pelos vistos, ela estava a jogar com alguns rapazes e era guarda-redes.

   Outro grande desastre foi quando tentei ser amigo do menino Cinco. Ele adorava química, por isso, sentei-me ao lado dele nesta aula. Nesse dia, demos as reações químicas e tínhamos de misturar dois elementos. Eu escolhi nuclónio (explosivo) e oxigénio. Como achei que havia mais oxigénio lá fora, abri a janela. Mas deixei  cair o frasco de nuclónio e…bom, um ano depois, a escola ainda está em obras.

   Os meus colegas, por vezes, também me chamam “canibal” por ser o elemento absorvente da multiplicação. Isto é, quando algum número se multiplica por mim, eu como esse número. Por isso, decidi ir trabalhar para o Pacman. Mas aquelas lulas que eu tinha de comer quase não eram comestíveis. Um dia, estava tão enjoado que, cada vez que comia uma, largava outra. Os jogadores do Pacman começaram a resmungar e eu demiti-me.

   E, para que saibam, nunca acabei o meu curso. Para sair da Faculdade, tive de esperar pelas férias de Carnaval e, no último dia de aulas, durante a festa, esgueirei-me lá para fora e entrei numa camioneta, mas quase desfaleci ao ver que uma letra (das quais somos inimigos) estava a conduzir. Afinal, era o senhor nove e aquilo era apenas o seu disfarce.

   Como referi anteriormente, graças a essa camioneta, fugi para o Rio de Janeiro, Cidade Maravilhosa !!!

   Aqui passei os mais belos anos da minha vida e agora com trinta e cinco anos, trabalho como provador profissional de comida. Por causa da crise da carne de cavalo, estou sempre a trabalhar.

   Não sou casado e nem sequer tenho uma coleção de gatos como aquelas solteironas de 40 anos. Nem mesmo cães. Ou periquitos. Até mesmo as tartarugas, como que por magia, ganham velocidade só para fugir de mim. A única pessoa que vive comigo é a minha querida e velhinha avó, que é vesga, e não sabe se eu estou em casa. Mas sempre que o carteiro Compasso diz ”Entrega para Zero à Esquerda”, a minha avó grita “O Zero à Esquerda está em casa? Socorro!”, desata a correr desnorteadamente e bate contra uma parede. E lá tive eu, que não percebo nada do assunto, de entrar em ação. Escusado será dizer que “foi pior a emenda que o soneto” pois consegui furar a canalização do condomínio. No meio desta inundação, só ouvia a minha avó enfiada dentro de uma boia a gritar “Desliga a água! Já tomei banho, hoje! Glu! Glu! Glu!” e não conseguia encontrar o meu “telenúmeros” para ligar à senhora Calculadora, a canalizadora, assim denominada porque cobrava tanto pelos arranjos que era necessário uma calculadora para fazer as contas.

   Lembro-me perfeitamente daquela sexta-feira, em que cheguei à garagem e vi que me tinham assaltado o carro. Não tinha rodas e o volante era agora de uma bicicleta. Não tinha para-choques nem motor. Tive de roubar um porco e uma passadeira rolante ao meu vizinho, meti ambos dentro do carro, fechei o capô e foi assim que fui para o trabalho.

   E, no dia seguinte, quando fui ao Sea Life, um polvo entrou para as minhas calças e eu comecei a pular e a guinchar. Foi tão bom o meu espetáculo que, ao fim de algum tempo, já tinha bailarinos famosos a perguntar-me se lhes podia ensinar aqueles passos.

   Também me lembro daquela vez em que tentei seguir o carteiro Compasso quando levava as cartas ao Pai Natal. Não consegui apanhar o mesmo avião que ele, por isso apanhei outro sem ver para onde me levava. Por azar, fui parar ao Polo Sul, Antártida, terra dos elegantes pinguins. Toda a gente sabe que o Pai Natal vive no Polo Norte, Ártico, terra das acolchoadas focas.

   Outra vez, ganhei um diploma científico que comprova que eu descobri que “um corpo dentro de água molha-se”. O que se pode ganhar nos Corn Flakes!!! Apresentei-me dois dias depois no trabalho e como os outros cientistas me achavam licenciado, fui imediatamente aceite. Mais uma vez, entrei em contacto com nuclónio. Estava muitíssimo nervoso mas, por sorte, consegui evitar que este caísse num esgoto ligado ao oceano (entre outros desastres). Pareceu-me mesmo que o dia ia chegar ao fim sem que nada explodisse. Mas devido à alergia, de um outro cientista, em relação ao pólen, este espirrou e derrubou o frasco de nuclónio de que me tinha esquecido no laboratório…e PUM! Eu começo a pensar que a única coisa para que tenho jeito é detonador de bombas.

   E daquela vez que fiquei sonâmbulo e tentei assaltar a Joalharia Transferidor, onde até barras de ouro havia. Pedi ao meu primo Um que me ajudasse e, quando lá chegamos, usei-o como pé-de-cabra como abrir a porta. Roubei o diamante da simetria, os brincos quadrangulares, o colar das potências, as barras de ouro fracionárias e as réguas de prata, entre outros objetos valiosíssimos. Meti, rapidamente, tudo dentro de um saco, mas não reparei que estava roto. Quando cheguei a casa, já não trazia nada. A boa notícia é que deixou de haver sem-abrigo num distrito inteiro.

   Algum tempo mais tarde, vim a saber que ”alguém” tinha assaltado a Joalharia Transferidor. A polícia estava tão aflita que até a mim me contratou. Desde então, comecei a multar toda a gente. Mas eles mereciam. Havia condutores que circulavam a 50,001Km/h numa zona onde só era permitido 50Km/h. Também tentava multar pilotos de aviões que voavam demasiado perto do chão, mas nunca os apanhava. E era um recordista a bloquear carros. Para além do tradicional bloqueador, colocava ainda um cadeado e prendia os carros ao chão com supercola 3. Enfim, fui despedido. Parece que, sem querer, multei o chefe da polícia por estar a comer donuts nas horas vagas.

   E, nem quero pensar naquela vez em que me fingi de astronauta para poder explorar uma das trinta e não sei quantas luas de Saturno – a Lua do Volume. Só quando aterrei no espaço lunar é que descobri que tínhamos de medir a latitude e a longitude e de encontrar o dobro do perímetro de algumas crateras. Lembrei-me logo da senhora Calculadora, a minha canalizadora. Senti imensas saudades daquela infalível máquina de calcular que ela trazia sempre no bolso.

   Aproveito para revelar que sempre quis ter um animal de estimação, mas o máximo que consegui foi ser tratador do Jardim Zoológico. É claro que não era nenhum perito (como em nada do que fiz até ao momento !!!), por isso trocava tudo: dava amendoins aos leões e gazela grelhada no forno aos elefantes; na Quintinha, tentava tosquiar os porcos e fazer fiambre das ovelhas; tentava insistentemente lavar os dentes aos papagaios e com uma grua, atirava os hipopótamos ao ar para os ensinar a voar. Por fim, acabei por ser despedido ao afugentar os visitantes com os meus estridentes gritos: tinha caído na jaula dos ursos e a cria estava a fazer-me cócegas.


   Agora que já sou mais velho, sou zilionário (tenho ziliões de euros). Como consegui? Escrevi a minha autobiografia, vendia-a…e surpreendentemente, continuo a estar presente na minha vida, mas passei a ser um Zero à Direita.

Nuno Pinto e Inês Pacheco   6ºB

(Trabalho premiado com uma Menção Honrosa no concurso "Um conto que contas" da Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) - março 2013)

História ao ritmo dos números

UM dia fui ao jardim zoológico e vi

DOIS macacos que me tiraram

TRÊS  relógios .

QUATRO metros à frente

CINCO turistas puseram-se à minha frente;

SEIS emas vieram atrás de mim, fugi assim que as vi.

SETE golfinhos estavam a nadar enquanto

OITO focas me vieram beijar.

NOVE leões começaram a rugir e

DEZ pessoas desataram a fugir.

ONZE pumas estavam a correr e eu lá a ver e às

DOZE horas apressei-me para os pinguins poder ver.

TREZE folhas de árvore fui buscar para as girafas
poder alimentar.

CATORZE minutos depois estava cansada de tamanha
correria!

QUINZE periquitos vi a voar e patinhos a grasnar.

DEZASSEIS horas eram, quando me fui embora
com muita pena mas...

DEZASSETE lembranças levei na mochila da minha colega
Helena!

Marta Santos 6ºB

(Fantaslíngua - fevereiro 2013)

Uma história com números

UM cão eu comprei

DOIS minutos com ele fiquei...

TRÊS minutos depois, a fazer asneiras o encontrei.

QUATRO dias passados fui ao site do canil para
ver o seu perfil!

CINCO cães encontrei na rua e pareciam estar no "mundo da lua"!

SEIS da tarde fui para casa e à porta estavam

SETE gatos a fazer "miau-miau" e

OITO cães a fazer "au-au"

NOVE pintinhas tinham cada um...começaram a ladrar e a miar.

DEZ vizinhos vieram reclamar e trouxeram

ONZE cães-polícia,

DOZE vizinhos juntaram-se e ligaram

TREZE vezes para o canil.

CATORZE homens vieram e levaram os

QUINZE animais para o Abrigo Animal de Arganil.


Joana Gonçalves  6ºB

(fantaslíngua - fevereiro 2013)

História com números

                                                                                                                         
Um ano letivo atarefado tive eu:

Dois testes em

Três dias;

Quatro questões de aula em                                                              

Cinco semanas depois de

Seis professores me pedirem

Sete trabalhos de pesquisa; em

Oito dias passei

Nove horas na escola, deram –me

Dez minutos para responder a

Onze exercícios; no fim do dia,

 Doze minutos a ler e

Treze a escrever, mais pareceram

Catorze horas de trabalho árduo; demorei

Quinze dias para copiar

Dezasseis linhas de um texto e ainda fiz

Dezassete resumos; por último, acompanhei

Dezoito colegas num autocarro de

Dezanove lugares até ao museu que albergava o livro

“Vinte mil léguas submarinas”. Conhecemos

Vinte e um turistas nas

Vinte e duas salas do museu, que também tinha um jardim com

Vinte e três árvores onde

 Vinte e quatro pássaros piavam e um lago onde

Vinte e cinco patos grasnavam ruidosamente. Demorei

 Vinte e seis minutos a regressar à escola e

Vinte e sete a chegar a casa.

 
                      Preciso mesmo de férias!

                      Estou estourado!

 

Nuno Pinto – 6ºB
(Fantaslíngua - fevereiro 2013)