O Alfredo é um menino de 11 anos, um pouco preguiçoso, de
olhos azuis e cabelo castanho.
No primeiro dia de férias, o Alfredo prometeu a ele mesmo que
ia logo despachar os trabalhos de casa, mas não foi bem isso que aconteceu…
Andou perdido entre as gulodices e os enfeites de Natal.
Um dia depois do Natal, o Alfredo lembrou-se que ainda não
tinha feito os trabalhos como prometido.
Então, depois de uma noite bem passada e uma manhã muito
divertida, o Alfredo senta-se na sua cadeira e olha para a sua secretária (que
já tinha pó), olha também para o seu horário escolar e vê que a primeira
disciplina que vai ter é português, vai ao seu caderno diário e verifica que tinha
que fazer um texto, mas sobre quê?!!
Alfredo fecha os olhos por um segundo, e como por magia, surge
uma fantástica ideia na sua cabeça!
Até que a mãe o chama para ir almoçar, e a ideia murcha como
uma flor que não foi regada.
Depois do almoço tomado, o rapaz volta para o quarto e de
repente ouve varias vozes a discutir, o Alfredo ainda não sabe como, mas
descobre que essas vozes vinham da cabeça dele, era a jovem criatividade que
estava de mau humor nesse dia, a dona imaginação e a senhora organização, que
também não estavam dispostas a colaborar!
Alfredo sente-se como um grande campo de guerra.
E nesse momento a criatividade lança várias letras aleatórias
que a senhora organização transforma em palavras e que de seguida a dona
imaginação pinta com um pincel fininho de loucura!
Quando o Alfredo olha para a folha pautada, esta já tinha
escrita dois parágrafos.
-Iupi! Disse Alfredo, assim vou longe!!
Então sentiu uma leve comichão na cabeça…
-Intrusos gritou a criatividade!
E eram mesmo! E ainda pior, traziam uma borracha, e ameaçaram
que se a criatividade, a senhora organização e a dona imaginação não os
ajudassem a completar uma lista que traziam eles apagavam o texto todo!
A senhora organização olhou para a lista e achou que as
condições da lista não eram aceitáveis …
Mas que haviam eles de fazer? Os intrusos tinham uma
borracha!
Então completaram a lista, mas os intrusos disseram que não
iam embora!
-GUERRA!- gritou a criatividade.
-Gue-gue-guerra?- gaguejaram os intrusos.
No mesmo instante estavam os intrusos a fugir com a lista e a
borracha na mão.
Estava tudo no seu lugar, a criatividade a mandar letras aleatórias,
a senhora organização a transformá-las em palavras e a dona imaginação a pintá-las
com um pincel fininho de loucura.
Foi uma simbiose entre vários interlocutores, simbiose
perfeita. Uma relação de mutualismo, que desencadeou as ideias e as trouxe para
o papel, até há quem diga que se chama inspiração! Só ao alcance dos
predestinados.
Passado meia hora o Alfredo tinha finalmente acabado o texto.
Estava muito orgulhoso, e foi ler o texto à mãe.
-Está muito criativo, Alfredo, adoro! – disse a mãe
orgulhosa.
Alfredo volta para o quarto guarda o texto numa mica, e
congratula-se por ter acabado o texto.
Olha para o horário e alegremente diz:
-Acabei os trabalhos para casa!
Maria Inês
Lourenço 6ºA (Concurso “Uma Aventura
Literária…2016”)
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