terça-feira, 19 de julho de 2016

A aventura de escrever um texto


O Alfredo é um menino de 11 anos, um pouco preguiçoso, de olhos azuis e cabelo castanho.

No primeiro dia de férias, o Alfredo prometeu a ele mesmo que ia logo despachar os trabalhos de casa, mas não foi bem isso que aconteceu… Andou perdido entre as gulodices e os enfeites de Natal.

Um dia depois do Natal, o Alfredo lembrou-se que ainda não tinha feito os trabalhos como prometido.

Então, depois de uma noite bem passada e uma manhã muito divertida, o Alfredo senta-se na sua cadeira e olha para a sua secretária (que já tinha pó), olha também para o seu horário escolar e vê que a primeira disciplina que vai ter é português, vai ao seu caderno diário e verifica que tinha que fazer um texto, mas sobre quê?!!

Alfredo fecha os olhos por um segundo, e como por magia, surge uma fantástica ideia na sua cabeça!

Até que a mãe o chama para ir almoçar, e a ideia murcha como uma flor que não foi regada.

Depois do almoço tomado, o rapaz volta para o quarto e de repente ouve varias vozes a discutir, o Alfredo ainda não sabe como, mas descobre que essas vozes vinham da cabeça dele, era a jovem criatividade que estava de mau humor nesse dia, a dona imaginação e a senhora organização, que também não estavam dispostas a colaborar!

Alfredo sente-se como um grande campo de guerra.

E nesse momento a criatividade lança várias letras aleatórias que a senhora organização transforma em palavras e que de seguida a dona imaginação pinta com um pincel fininho de loucura!

Quando o Alfredo olha para a folha pautada, esta já tinha escrita dois parágrafos.

-Iupi! Disse Alfredo, assim vou longe!!

Então sentiu uma leve comichão na cabeça…

-Intrusos gritou a criatividade!

E eram mesmo! E ainda pior, traziam uma borracha, e ameaçaram que se a criatividade, a senhora organização e a dona imaginação não os ajudassem a completar uma lista que traziam eles apagavam o texto todo!

A senhora organização olhou para a lista e achou que as condições da lista não eram aceitáveis …

Mas que haviam eles de fazer? Os intrusos tinham uma borracha!

Então completaram a lista, mas os intrusos disseram que não iam embora!

-GUERRA!- gritou a criatividade.

-Gue-gue-guerra?- gaguejaram os intrusos.

No mesmo instante estavam os intrusos a fugir com a lista e a borracha na mão.

Estava tudo no seu lugar, a criatividade a mandar letras aleatórias, a senhora organização a transformá-las em palavras e a dona imaginação a pintá-las com um pincel fininho de loucura.

Foi uma simbiose entre vários interlocutores, simbiose perfeita. Uma relação de mutualismo, que desencadeou as ideias e as trouxe para o papel, até há quem diga que se chama inspiração! Só ao alcance dos predestinados. 

Passado meia hora o Alfredo tinha finalmente acabado o texto.

Estava muito orgulhoso, e foi ler o texto à mãe.

-Está muito criativo, Alfredo, adoro! – disse a mãe orgulhosa.

Alfredo volta para o quarto guarda o texto numa mica, e congratula-se por ter acabado o texto.

Olha para o horário e alegremente diz:

-Acabei os trabalhos para casa!



Maria Inês Lourenço  6ºA (Concurso “Uma Aventura Literária…2016”)

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