Maria,
Rita, João e Mário eram amigos de infância. Adoravam estar juntos! Além disso,
frequentaram sempre a mesma escola e, ainda hoje assim era.
Um
dia, estavam a falar no pátio da escola, quando Maria diz admirada:
- O que é que está ali?
-
Também não sei! – disse o Mário.
-
Vamos ver o que é … - continuou o João, curioso.
Mas,
de repente, toca a campainha e tem de ir para a aula de Português. Ficaram
desapontados e com a curiosidade aguçada. Na sua mente, todos queriam saber o
que seria aquilo, mas não podiam faltar à aula.
Na
aula, o João não parava quieto, tendo sido expulso. Mas nem se preocupou muito,
tal era a ansiedade em descobrir o que era aquilo no meio do pátio. No final da
aula, os amigos foram à sua procura. Lá o encontraram. João olhava fixamente
para o que lhe despertava a curiosidade e, de repente, os amigos chamam-no. Ele
não reage, continuando imóvel. Os amigos estão espantados: ele nunca estivera
tão quieto durante tanto tempo.
Então,
cai do céu uma caixa que tinha um papel com a seguinte mensagem:
“Aqui está uma máquina do
tempo! Prevê o teu futuro: o bom e o mau da tua vida. Não perguntes quem a
enviou…”
João apanha o papel e lê-o, sozinho. Fica espantado e
duvidoso: “Será que é para mim?”. Então, para ter uma ajuda, resolve chamar os
seus amigos de sempre e contar-lhes o que se passou. Todos ficam curiosos e
olham fixamente para João, à espera do que irá fazer.
Sem pensar duas vezes, João convida Rita para entrar na
máquina, em primeiro lugar. (Ninguém se admirou com este convite, pois todos
sabiam que João gostava da Rita desde pequenos. Não era novidade.)
- Obrigada, Joãozinho… - respondeu Rita, corada.
- De nada. – disse João, muito feliz.
Após
João e Rita entrarem na máquina, os outros dois fizeram o mesmo. Por fim,
sentaram-se nas cadeiras da máquina. À sua frente surgiram ecrãs individuais.
Cada um olhou para o seu e, foi como se estivessem a ver um filme, só que desta
vez era o filme do seu futuro.
Sem
que dessem conta, o tempo passou. Depois de duas horas na máquina, os miúdos
saíram. Vinham felizes e, ao mesmo tempo, algo preocupados com a sua amizade,
pois nos ecrãs viram o seu afastamento durante alguns anos.
A
preocupação levou-os a conversar. Mário, que adorava os amigos, disse:
-
Não quero separar-me de vocês. Eu adoro mesmo estar convosco.
-
Não te preocupes…Agora que sabemos o que o futuro nos reserva, podemos sempre
alterá-lo. – afirmou Maria, tentando não mostrar a sua preocupação.
-
Mas, isso não é justo. Nós sabemos o que se irá passar. Imaginem quem não sabe!
– lamentou a Rita.
João,
o mais aventureiro do grupo, sugeriu:
-
E… se entrássemos na máquina e tentássemos modificar o futuro?
-
Acho uma excelente ideia!!! – exclamaram Mário e Maria.
-
Não sei… Não me parece nada bem e, além disso parece ser uma ideia perigosa. –
retorquiu Rita, a mais medrosa.
Sem
prestar atenção às palavras da Rita, os outros três apressaram-se a reentrar na
máquina. Rita, com medo de ficar sozinha no pátio, seguiu-os hesitante. Dentro
do aparelho, começaram a olhar para tantos botões e não faziam ideia do que
haviam de fazer. Tinham medo de carregar onde não devessem. Rita olhou para
aquilo tudo e decide ir-se embora. Dirige-se para a porta e tanta abri-la sem
sucesso. Aflita, grita:
-
A porta não abre, malta!
-
Tu é que não tens força! – disse Mário, rindo-se.
Ele
dirige-se à porta e, após algumas tentativas, também não a consegue abrir.
-
Realmente estamos presos. E agora!?
-
Eu não tranquei a porta. – afirmou o João.
-
Nós sabemos!!! – gritaram os três amigos.
-
E agora? Já sei… Vou ligar para os bombeiros! – disse a Maria.
-
Não consegues. Os telemóveis não têm rede e ninguém sabe que estamos aqui. –
continuou a Rita, muito aflita.
João
estava calado, pois sentia-se culpado por aquela situação. Como iriam sair
dali? E tinha arrastado os seus amigos para ali.
Mas,
de repente, ouviu-se umas rajadas de vento muito fortes e, uma das rajadas
abriu a porta da máquina com muita força. Os quatro amigos saíram rapidamente
e, quando voltaram a ter os pés no chão, olharam para trás e viram a máquina a
desaparecer, levada por aquele vento. Subitamente, o vento parou e os amigos
continuavam muito admirados.
Quando
se deram conta, estavam no pátio da escola e o intervalo ainda decorria.
Olharam uns para os outros sem dizerem uma palavra. Como já se conheciam tão
bem, bastou um olhar para saberem que se deviam encontrar no seu sítio secreto.
Então,
após as aulas, os quatro dirigiram-se ao seu sitio secreto. Lá conversaram
sobre o que se tinha passado e fizeram um pacto de não contarem a ninguém o que
tinha acontecido. No entanto, resolveram investigar a história da máquina do
tempo…
Inês Silva 6ºC ( Texto premiado com uma MENÇÃO HONROSA no Concurso "Uma Aventura Literária...2016")
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