terça-feira, 19 de julho de 2016

Uma aventura futurista


Naqueles dias de inverno, Ana detestava ficar em casa sem nada para fazer. Sentia falta do bom tempo, de passear na praia, mas sobretudo de brincar e fazer investigações com o seu grupo de amigos. Era um tempo monótono e aborrecido. Sempre que olhava pela janela via aquela chuva miudinha e as árvores a abanar os seus ramos ao sabor das rajadas do vento. “ Será que a meteorologia não vai ser minha amiga? “, Questionava-se interiormente.

            Estava tão cansada que se sentou no sofá a olhar para o horizonte. Passo a passo, os olhos foram-se fechando e a Ana adormeceu.

            De repente, estava um calor imenso e Ana acordou, transpirada e com uns gritos no jardim.

            - Ana! Ana! Anda!

            Ana, atordoada, levantou-se e correu para a varanda. Eram os amigos.

            - Então, não vens?- perguntou o João

            - Onde?- questionou Ana

         - Olha, bateste com a cabeça?! Não te lembras que vamos até á praia celebrar o aniversário da Joana!- exclamou o João

            Ana agarrou no saco da praia e correu escadas abaixo até chegar junto dos amigos.

            Estavam todos entusiasmados e alegres com aquela ida á praia. Iam festejar o aniversário da Joana, mas também era uma oportunidade de estarem todos juntos antes de cada um partir de férias. Será que alguma coisa extraordinária iria acontecer? Ana esperava que sim e a sua cabecinha não se esquecia deste pormenor.

            Chegaram à praia e o mar convidava a um belo mergulho. E, assim fizeram: largaram tudo e correram em direção ao mar. Nadaram e brincaram até se fartar. Então, decidiram regressar para um bom banho de sol. Logo ao sair da água, Ana estatela-se na areia e desata a chorar, pois tinha-se magoado no pé. Todos ficaram aflitos e procuraram a razão daquele choro. Qual não é o seu espanto quando descobrem uma garrafa meia partida, mas com um bilhete lá dentro. Imediatamente, Ana parou de chorar e o seu interesse estava naquele bocadinho de papel!

            - Despacha-te, Joana!-exclamou Ana - Vê lá o que está escrito…

            - Tens calma! Já não te dói o pé?

            - Isso agora não interessa nada! Pode ser uma mensagem de alguém em apuros…- respondeu ela.

            Joana, com muito cuidado, desdobra o papel e lê em voz alta:

            - Socorro! Precisamos de ajuda! Estamos presos na ilha da Maçãs…

            - Oh! - exclamaram os três amigos.

            - Alguém está em apuros e precisa de nós! – dizia a Ana com um sorriso na cara.

            - A ilha vê-se daqui! É tão grande e é fácil de decorar visto que tem uma forma de maçã! - dizia o João às gargalhadas.

            - O meu pai tem um pequeno barco ali no porto. Podemos ir busca-lo e embarcar na aventura…- sugeriu a Joana.

            - A mim parece-me uma excelente ideia! – gritou entusiasmada a Ana.

            E, puseram-se a caminho do porto. A cabeça da Ana já magicava o que teriam lá ido fazer…

            E que emoção!!! Adorava estas situações e já tinha decido que, no futuro, queria ser detetive. A emoção de descobrir a solução para os casos era o que mais lhe satisfazia o ego.

            Passado algum tempo chegaram ao porto. A Joana procurou, com um olhar, o pai, mas não o encontrou.

            No entanto, pegaram no barco do pai da Joana e começaram a aventura. Colocaram o barco no mar e o João pôs-se no motor a conduzir. De repente, o João olhou para trás para contar uma piada e a Joana gritou muito assustada:

            - João, cuidados com os rochedos!!!

            João olhou para a frente e reparou que mesmo á sua frente havia numerosos rochedos cheios de musgo verde e de espuma vinda das ondas do mar. João pensava que ia morrer, quando Ana salta para o motor, empurra o João e vira a rota.

            - Obrigado Ana! És a nossa salvação!- disse a Joana, toda contente.

            - É este o meu trabalho como detetive – disse a Ana, convincente.

            - O quê?! – disseram a Joana e a João em coro.

            - Nada esqueçam!- exclamou Ana

            Passado alguns minutos chegaram á ilha da Maçãs, atracaram o barco na areia, dirigiram-se á praia e começaram a procurar pistas.

            Ana, muito desconfiada, começou a olhar fixamente para uma pequena rocha presa na areia. 2 minutos depois, Ana decide tocar na rocha e aparece por milagre um papel com o mesmo recado do que o da garrafa.

            Ficaram todos perplexos a olhar para o papel. Até que o João diz:

            - Esta letra não me é estranha!

            - A mim também não é … !!!- disse Joana, desconfiada

            - É minha a letra!!- disse a Ana, de boca aberta.

            Agora, o mistério estava instalado. Como era possível que a Ana tivesse escrito aquele bilhete? Não fazia sentido nenhum. Nunca estivera ali e, muito menos presa com alguém!

            Seria… Não, isso não era possível! Um recado do futuro? Não cabia na cabeça de ninguém!

            Ana olhou para o João e Joana e, ia começar a falar… De repente, Ana abriu os olhos e estava sentada no sofá da sua sala… A campainha tocou… Era o João e a Joana. Iam para a praia festejar o aniversário da Joana…    

 

  Beatriz Carvalho  6ºC (Concurso "Uma Aventura Literária...2016")

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