Era noite escura e eu ouvi
ruidos muito estranhos. Acordei o meu irmão, que estava a dormir no quarto ao
lado. Decidimos não acordar os nossos pais para não os preocupar. Saímos de casa, e chamámos a nossa cadela
Pipoca, porque assim estaríamos mais seguros.
Descemos a rua e o ruído
continuava. Eu estava cheia de medo e com o coração aos pulos, mas sabia que
com o meu irmão e com a Pipoca nada me iria acontecer.
Seguimos até à ponte de
pedra, e a cada passo que davamos o ruído aumentava. O meu irmão, Luís,
pedia-me para ter calma e para avançar devagarinho, dessa forma não seríamos
descobertos por ninguém.
A Pipoca ladrava baixinho, e
seguia à nossa frente sem medo e para nos proteger.
Do outro lado da ponte,
vimos uma caixa, o meu irmão, aventureiro como sempre, avançou, com a Pipoca
logo atrás. Nessa caixa, de onde vinha o ruido estranho, estavam seis
cachorrinhos, cheios de frio e a ganir de fome.
Corremos para casa para
preparar uma refeição quente e para ir buscar uns cobertores velhos.
Quando voltámos à ponte a
caixa já lá não estava e o meu irmão reparou num senhor que fugia com a caixa
na mão. Eu mandei a Pipoca segui-lo e fui a correr chamar o meu pai.
O meu pai vestiu-se num ápice e rapidamente desceu
a rua em direção à ponte. Conseguiu apanhar o ladrão, que cheio de medo pediu
imensas desculpas e prometeu não voltar a roubar os cachorrinhos à sua mãe.
O meu pai apercebeu-se que o
senhor queria vender os cães e fazer dinheiro com eles, o que não estava
correcto.
Voltámos a colocar a caixa
no sítio e aguardámos pela chegada da cadela, mãe dos cachorrinhos, que tinha
ido à procura de comida para os seus filhotes.
Todos os dias, depois da
escola passamos pela ponte e brincamos com os cachorrinhos, e sempre que eles
têm fome ou frio damos-lhes de comer e damos-lhes agasalhos para o frio. O
Gerês no Inverno é muito frio.
Foi uma aventura incrivel e
ganhámos novos amigos.
Constança Machado 6ºA (Concurso "Uma Aventura Literária 2015" da Ed. Caminho)
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