Era
uma vez um inventor extraterrestre que se chamava Ululils . Ele vivia no
planeta Coisite, o segundo planeta mais pequeno da galáxia. Ululis adorava
inventar, principalmente quando se tratava de algo inovador, algo que nunca ninguém
tinha visto, algo inacreditável.
Ululis
trabalhou na sua última invenção durante três anos. Era o ser humano, mas Ululis
gostava de lhe chamar “O racional”, porque ele sempre imaginara que esta
invenção poderia, falar, cantar, sorrir, pensar, amar, etc… E a sua função era
dar vida a um novo mundo.
Mas
quando ele encaixou a ultima peça, “O racional” não se mexia, nem falava, nem
cantava, nem amava, nem sorria e também não pensava. Estava só ali, quieto,
mudo e talvez até cego das coisas incríveis que o rodeavam. Então verificou
melhor se estava tudo a funcionar dentro da invenção e verificou que ele não
tinha amuletos! Os amuletos eram o principal núcleo para que “O racional”
pudesse amar, pensar, cantar, sorrir e falar.
Muito
apressado como era, fez se à estrada e foi até à loja das invenções, onde havia
sempre amuletos para comprar. Mas, quando este chegou lá, o dono da loja
disse-lhe que tinham acabado de esgotar todos os amuletos que lá havia, e só
daqui a cinco anos é que teriam novos.
Ululis
ficou muito desanimado, tinha trabalhado arduamente durante três anos e agora
tinha de esperar mais cinco anos?! Não, ele iria ter aquilo que queria. Então
perguntou ao dono da loja onde arranjavam os amuletos e este respondeu:
- Terás de viajar para uma galáxia
diferente da nossa, onde existem apenas oito planetas, onde grita a escuridão e
o medo e a tua única fonte de luz será uma enorme bola de fogo, denominado Sol.
De seguida terás de aterrar no terceiro planeta a contar do Sol, eu e alguns damos-lhe
o nome de Terra. Quando finalmente vires solo, procura uma floresta onde canta
a alegria e onde o amor coça o nariz de duas em duas horas. Depois dirige-te
para uma caverna escura que se ilumina se chorares por algo que que amas, e que tenhas medo de perder. E finalmente
no fundo dessa caverna encontrarás os amuletos.
Ululis
Ramalho estava um pouco assustado e preocupado com o que lhe poderia acontecer,
mas pela sua invenção fazia tudo. E partiu para a aventura.
Depois
de atravessar mais de cinquenta anos-luz de espaço, chegou ao vórtice que o
puxaria para outra galáxia, para o desconhecido. E assim foi, entrou no
vórtice, e apesar da turbulência extrema e das voltas e reviravoltas que deu,
ele estava inteiro. Mal viu o Sol ficou emocionado e reparou que um dos planetas
se destacava pela sua beleza e contando partir do Sol viu que, era a Terra.
Ligou os jatos e disparou-se para a Terra. Teve uma aterragem chocante, mas
rapidamente de recompôs.
Tudo
era diferente naquele lugar, o ar, a vegetação e o céu não era estrelado, era
azul-bebé com pedaços de algodão branco e fofo que flutuava nele. Era tudo
muito belo e diferente ali. Mas rapidamente se lembrou da sua missão: terminar
a sua invenção.
Como
tinha aterrado numa praia estava perto de uma floresta tropical, que de facto o
fazia sorrir de um modo indescritível e o fazia sentir amado e acarinhado por
causa da beleza daquele lugar. Entrou no meio da floresta e encontrou um ser
que parecia ferido. Então Ululis correu em seu auxílio. Felizmente trazia um
kit de primeiros socorros, para o caso de problemas, e curou o pequeno ser. E
este, para lhe agradecer a ajuda levou-o à caverna que o Ululis tanto queria.
Quando
o Ululis entrou na caverna, ela estava escura e lembrou-se que só se iluminava
se ele chorasse por algo que amasse e que tivesse medo de perder. Ululis não
tinha amado ninguém, mas uma coisa era certa, ele estava a amar aquele lugar
tanto, tanto que se ele desaparecesse, Ululis nunca mais o poderia visitar, nem
poderia mais olhar para aquela beleza de lugar.
Então
desatou a chorar, e rapidamente a caverna se iluminou, e no fundo dela estavam
os tais amuletos muito procurados. Pegou neles com o maior cuidado e partiu de
novo para o seu planeta, Coisite.
Quando
chegou, pegou na sua invenção e colocou os amuletos, e esta despertou como se
estive estado num sono profundo. Olhou em volta, fascinada com tudo aquilo e
quando finalmente começou a falar, agradeceu a Ululis por a ter inventado e
abraçou-o. Ululis mandou-o então para o planeta Terra e assim deu início à humanidade
nesse planeta. Nem sabem as aventuras que dai surgiram!!!!
Margarida Ferreirinha 6ºA (Concurso "Uma Aventura Literária 2015" da Ed. Caminho)
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