Faltava uma semana para a
Clara fazer anos e ela estava ocupadíssima com os preparativos para a sua festa
de aniversário.
Este era o seu décimo
segundo aniversário e ela queria que fosse inesquecível. Ela planeava acampar
com os seus amigos numa floresta perto de sua casa, a floresta sem fim, tinha
esse nome por ter enumeras árvores, tantas que dava a sensação da floresta não
ter fim.
Depois de ter organizado
tudo e de ter enviado os convites Clara não parava de pensar na festa, durante
as aulas fazia desenhos da floresta no seu caderno e nos intervalos fingia
concordar com os amigos nas conversas mas ela realmente estava a pensar no seu
aniversário.
Num bonito dia de
domingo, o sol brilhava, os pássaros cantavam e não havia nem uma única nuvem
no céu. Clara esperava à porta de sua casa com os pais com tudo pronto para
seguir viajem. Um a um os amigos que convidara chegaram e partiram a caminho da
floresta.
Chegaram no local
desejado perto das cinco da tarde e enquanto os adultos montavam as tendas e
preparavam a comida, Clara e os amigos decidiram ir passear um pouco pela
floresta, a uma certa altura da caminhada começaram a ouvir um barulho que foi
rapidamente reconhecido como o som da água a cair, procuram de onde vinha o
barulho até que se depararam com uma pequena cascata.
Já de volta às tendas
todos jantavam e os pais preparavam-se para ir embora e então tiveram a ideia
de contar histórias assustadoras à luz da lareira que os pais de Clara ainda
tinham ajudado a acender.
O primeiro a contar uma
história foi o Rui, ele contou uma história de terror relacionada a Pokémons,
pelos vistos havia muitas histórias de terror relacionadas a Pokémons, o que a
Clara achou esquisito porque é um jogo para crianças. Foram continuando a
contar histórias até que decidiram ir dormir.
A meio da noite a Sara
começou a ouvir um barulho estranho e acordou as suas amigas que estavam na
mesma tenda para irem descobrir o que era o tão intrigante barulho. Acordaram
todos, apanharam lanternas e partiram à descoberta do barulho desconhecido.
Estavam todos cheios de
medo mas mesmo assim continuaram, pois sabiam que se o ignorassem não iriam
conseguir dormir portanto a única solução seria descobrir a causa do barulho.
Não havia nenhuma nuvem
no céu mas a noite era muito escura e com todas aquelas árvores e as histórias
de terror que tinham ouvido passear pela floresta à noite era muito assustador.
Estavam todos muito
assustados mas mesmo assim continuaram atrás do barulho e foram levados até à
cascata, não viram nada que pudesse causar o barulho mas ele estava lá, mais
forte do que antes. Então os rapazes decidiram ir ver atrás da cascata, porque
segundo a lógica deles as coisas estavam sempre lá como nos filmes. E desta vez
eles tinham razão, o causador do barulho estava mesmo atrás da água e eram
apenas crias coelhos selvagens com fome, ficaram com pena deles e foram buscar
comida para os alimentar.
De manhã quando os pais
de Clara os foram buscar eles contaram-lhes sobre os coelhos e pediram-lhes para
os irem ver. Quando chegaram ao local só se encontrava lá um coelho, que estava
doente e encolhido com frio. Os amigos levaram o coelho com a intenção de tratar
dele e a seguir devolve-lo à floresta mas depois acostumaram-se com a companhia
do animal e decidiram ficar com ele como animal de estimação.
Afinal o aniversário de
Clara sempre fora inesquecível.
Catarina Francisco 6ºA (Concurso "Uma Aventura Literária 2015" da Ed. Caminho)
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