terça-feira, 17 de março de 2015

A taça de ouro


Olá, chamo-me Sobreiro, tenho 10 anos e moro em Sidney, Austrália. 

Certo dia estava eu a brincar em casa, uma grande e branca casa, com dois andares e um pouco de terreno, quando me senti a ser chamado até à cave por uma força inexplicável. Quando cheguei lá abaixo, um sítio de luz fraca, com muitas teias de aranha e também onde se guardavam os brinquedos usados, tropecei num tapete velho com umas letras a dizer “O portal “, li em voz alta e para minha surpresa apareceu um mini buraco negro, que me sugou. Passados minutos (que pareciam horas) parei de ser puxado e fui para a uma sala parecida com a cave mas em vez de brinquedos velhos e usados estavam artefactos e o que se destacava mais era uma taça de ouro a dizer “Eu paro o mal”. Ao fundo na parede esquerda estava uma porta, fui direito a ela, ainda zonzo por causa da minha viagem, abria-a e ao fundo viam-se criaturas estranhas, com cornos e bem formadas, delas distinguia-se uma, vinha a correr em direção a mim era musculada e rápida e tinha os cornos para baixo, percebi que devia fugir, ao meu lado estava uma multidão pensei que conseguia esconder-me lá. Entrei no meio das pessoas e por baixo das pernas pensei que o tinha despistado, mas quando saí vi que ele estava á minha espera e passado um bocado o meu jeito de me meter em becos sem saída revelou-se. Foi então que com uma voz grave ele exclamou:

_Não tenhas medo eu não faço mal, eu só te quero ajudar. Se eles te veem aqui matam-te, vamos embora!

_Eles quem?_ perguntei eu.

Mas ele não respondeu, e eu fui obrigado a segui-lo.

Parámos numa casa toda negra com uma nuvem a trovejar por cima. O monstro bateu á porta preta e áspera e abriu-a outro monstro de aspeto feminino que disse:

_Querido, porque vieste tão tarde?

_Não vês que trago visitas?_ disse ele puxando-me para a frente.

Quando entrei, a monstra pôs-se a por mesa para mais um e a fazer a cama do quarto de convidados.

Depois de comer deitei-me e dormi como se nada tivesse a acontecer. Quando acordei vi o monstro com um espelho na mão e a levá-lo para baixo, depois subiu e vi-o a descer novamente com outro espelho, vesti-me e fui ver o que estava ele a fazer. Quando o encontrei perguntei:

_O que estás a fazer?

_É uma história muito longa._ Disse ele.

_Eu tenho muito tempo.

_Bem, para começar chamo-me Swapy e a multidão em que te escondeste era o exército de Tronh que tem o poder de petrificar as pessoas e os monstros. A única coisa que o pode deter é uma taça de ouro e toda a gente diz que é uma lenda.

_Eu vi uma taça de ouro na cave! Será que é aquela de que ele está a falar? _ Pensei para mim mesmo_ Essa taça de que falas tem escrito alguma coisa escrita?

_Dizem que sim.

_Então acho que sei onde ela está.

Dirigi-me para a porta e fiz sinal para ele me seguir. Saí de casa e fui em direção á praça. Dali via o exército. Reparei que o Swapy trazia dois espelhos. Quando cheguei ao local onde estava a porta ela tinha desaparecido só se via um pequeno buraco e ainda por cima dez soldados vinham a correr atrás de nós. Olhei para dentro do buraco mas estava tudo negro meti lá o dedo e a porta apareceu aberta eu e o Swapy entrámos. A cave ainda me pareceu mais de qualquer forma o que interessava era que a taça estava lá o Swapy pegou nela e saiu e eu voltei a casa cansado e sempre a pensar que iria voltar lá para ver como tudo acabou.

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Francisco Moitinho 6ºA (Concurso "Uma Aventura Literária 2015" da Ed. Caminho)
                             

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