Olá, chamo-me Zé Sobreiro, tenho 10 anos e moro em Sidney,
Austrália.
Certo dia estava eu
a brincar em casa, uma grande e branca casa, com dois andares e um pouco de
terreno, quando me senti a ser chamado até à cave por uma força inexplicável. Quando
cheguei lá abaixo, um sítio de luz fraca, com muitas teias de aranha e também
onde se guardavam os brinquedos usados, tropecei num tapete velho com umas
letras a dizer “O portal “, li em voz
alta e para minha surpresa apareceu um mini buraco negro, que me sugou.
Passados minutos (que pareciam horas) parei de ser puxado e fui para a uma sala
parecida com a cave mas em vez de brinquedos velhos e usados estavam artefactos
e o que se destacava mais era uma taça de ouro a dizer “Eu paro o mal”. Ao
fundo na parede esquerda estava uma porta, fui direito a ela, ainda zonzo por
causa da minha viagem, abria-a e ao fundo viam-se criaturas estranhas, com
cornos e bem formadas, delas distinguia-se uma, vinha a correr em direção a mim
era musculada e rápida e tinha os cornos para baixo, percebi que devia fugir,
ao meu lado estava uma multidão pensei que conseguia esconder-me lá. Entrei no
meio das pessoas e por baixo das pernas pensei que o tinha despistado, mas
quando saí vi que ele estava á minha espera e passado um bocado o meu jeito de me
meter em becos sem saída revelou-se. Foi então que com uma voz grave ele
exclamou:
_Não tenhas medo eu
não faço mal, eu só te quero ajudar. Se eles te veem aqui matam-te, vamos
embora!
_Eles quem?_
perguntei eu.
Mas ele não
respondeu, e eu fui obrigado a segui-lo.
Parámos numa casa
toda negra com uma nuvem a trovejar por cima. O monstro bateu á porta preta e
áspera e abriu-a outro monstro de aspeto feminino que disse:
_Querido, porque
vieste tão tarde?
_Não vês que trago
visitas?_ disse ele puxando-me para a frente.
Quando entrei, a
monstra pôs-se a por mesa para mais um e a fazer a cama do quarto de
convidados.
Depois de comer deitei-me
e dormi como se nada tivesse a acontecer. Quando acordei vi o monstro com um
espelho na mão e a levá-lo para baixo, depois subiu e vi-o a descer novamente
com outro espelho, vesti-me e fui ver o que estava ele a fazer. Quando o
encontrei perguntei:
_O que estás a
fazer?
_É uma história
muito longa._ Disse ele.
_Eu tenho muito
tempo.
_Bem, para começar
chamo-me Swapy e a
multidão em que te escondeste era o exército de Tronh que tem o poder de petrificar as pessoas e os
monstros. A única coisa que o pode deter é uma taça de ouro e toda a gente diz que é uma lenda.
_Eu vi uma taça de ouro na cave! Será que é aquela de que ele
está a falar? _ Pensei para mim mesmo_ Essa taça de que falas tem escrito
alguma coisa escrita?
_Dizem que sim.
_Então acho que sei onde ela está.
Dirigi-me para a porta e fiz sinal para ele me seguir. Saí de
casa e fui em direção á praça. Dali via o exército. Reparei que o Swapy trazia dois espelhos. Quando cheguei ao local onde
estava a porta ela tinha desaparecido só se via um pequeno buraco e ainda por
cima dez soldados vinham a correr atrás de nós. Olhei para dentro do buraco mas
estava tudo negro meti lá o dedo e a porta apareceu aberta eu e o Swapy entrámos. A cave ainda me pareceu mais de qualquer
forma o que interessava era que a taça estava lá o Swapy pegou nela e saiu e eu voltei a casa cansado e
sempre a pensar que iria voltar lá para ver como tudo acabou.
-----------------------------------------------------------
Francisco
Moitinho 6ºA (Concurso "Uma Aventura Literária 2015" da Ed. Caminho)
Sem comentários:
Enviar um comentário