terça-feira, 17 de março de 2015

Uma noite na floresta


Era uma vez um menino chamado Miguel, que tinha 14 anos. Um dia, decidiu reunir-se com os amigos numa mata que havia perto de sua casa e pediu-lhes que trouxessem lanternas, comida, mantas, sacos-cama e repelente de insetos. Acrescentou, ainda:

-Vamos fazer uma aventura!                                            

Os quatro amigos saíram de casa, com a devida autorização dos pais, e encontraram-se, perto da floresta, para esperarem pelo Miguel. Ao cair da noite, já todos juntos, organizaram as suas coisas, montaram as tendas, com muita confusão e prepararam o jantar, que era atum em lata com pão e Fanta. Cada um foi tratar de lavar os seus pratos e talheres ou talher, pois só tinham um garfo.

Depois de jantarem, os cinco amigos, o Zé, a Maria, a Francisca, o Miguel e o Luís decidiram dar uma volta pela floresta. No seu caminho, passavam por pinheiros altos e velhos que cortavam a luz que a Lua oferecia, encontraram muitos animais como coelhos e lebres e alguns insetos que zuniam bem alto.

Ao longe, avistaram uma pequena casa de madeira, provavelmente, há muito abandonada, assim o parecia. O Zé mal conseguiu abrir a porta que, não estava trancada, mas sim perra. Dentro da casa, todos de lanternas em punho, viram que não havia muitas coisas: podia-se ver uma secretária coberta pela vastidão de uma teia de aranha e um cortinado meio pendurado. A Francisca queixava-se do cheiro intenso que ali se podia sentir; havia cadeiras e um pilar rochoso que segurava a pequena e frágil estrutura. Dentro das gavetas da secretária, via-se um pisa papéis, um pequeno lápis que não escrevia, e uma variedade de velhas folhas com textos escritos a caneta, mas que já não se conseguia ler nada, devido à sua sujidade. De repente, uma ratazana passa pelo chão a correr, o que deu origem aos gritos da Francisca, da Maria, e um grito bem arrepiante do Luís. Originou uma gargalhada geral. Mas algo chamou a atenção da Maria, naqueles velhos papeis, havia lá num cantinho, um símbolo que ela conhecia, mas não se lembrava o que significava.

- Miguel, vê isto! O que achas?

O Miguel, meio assustado, pegou nos papéis, olhou o símbolo e só teve tempo de gritar:

- Fuuujjjaaammm.

Desataram todos a correr, amedrontados.

 A Francisca, ofegante, bem perguntava:

- O que aconteceu? Miguel…

Os outros amigos nem falavam, só corriam.

O Miguel e a Francisca já não aguentavam de tanto rir…

- Bela partida!

Os amigos ficaram danados, pois não ganharam para o susto!

Os cinco amigos, uns meio chateados, outros fartos de rir, voltaram para o seu mini acampamento onde puderam descansar e recuperar as forças e o bom humor. No dia seguinte, acordaram bem cedo e prepararam-se para um novo dia, esperavam eles, cheio de emoções e divertimentos e foram passear pela floresta, já com o acampamento desmontado e mochilas nas costas. O Miguel ia em frente, abrindo o caminho para os companheiros passarem em segurança e encontraram-se com uns quantos veados e outros animais, que passeavam na manhã primaveril e aperceberam-se de que já estavam perto da saída da floresta. Ficaram sentados numa grande pedra a conversar e a cantar canções. Então, depois de algumas brincadeiras decidiram sair da floresta e foram todos tomar o pequeno almoço a um café, o Central, que era considerado por eles uma espécie de “ponto de encontro”. O Zé e os seus quatro amigos combinaram fazer mais destes encontros e cada um traria mais um amigo. Todos concordaram. Ao final da manhã, foram cada um para sua casa ansiosos por uma próxima vez.

 

Gabriel Dias  6º A (Concurso "Uma Aventura Literária 2015"  da Ed. Caminho)

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