Era uma vez um menino chamado Miguel,
que tinha 14 anos. Um dia, decidiu reunir-se com os amigos numa mata que havia
perto de sua casa e pediu-lhes que trouxessem lanternas, comida, mantas, sacos-cama
e repelente de insetos. Acrescentou, ainda:
-Vamos fazer uma aventura!
Os quatro amigos saíram de casa, com
a devida autorização dos pais, e encontraram-se, perto da floresta, para esperarem
pelo Miguel. Ao cair da noite, já todos juntos, organizaram as suas coisas, montaram
as tendas, com muita confusão e prepararam o jantar, que era atum em lata com
pão e Fanta. Cada um foi tratar de lavar os seus pratos e talheres ou talher,
pois só tinham um garfo.
Depois de jantarem, os cinco amigos, o Zé, a Maria, a
Francisca, o Miguel e o Luís decidiram dar uma volta pela floresta. No seu
caminho, passavam por pinheiros altos e velhos que cortavam a luz que a Lua
oferecia, encontraram muitos animais como coelhos e lebres e alguns insetos que
zuniam bem alto.
Ao longe, avistaram uma pequena casa de madeira,
provavelmente, há muito abandonada, assim o parecia. O Zé mal conseguiu abrir a
porta que, não estava trancada, mas sim perra. Dentro da casa, todos de
lanternas em punho, viram que não havia muitas coisas: podia-se ver uma
secretária coberta pela vastidão de uma teia de aranha e um cortinado meio
pendurado. A Francisca queixava-se do cheiro intenso que ali se podia sentir;
havia cadeiras e um pilar rochoso que segurava a pequena e frágil estrutura.
Dentro das gavetas da secretária, via-se um pisa papéis, um pequeno lápis que
não escrevia, e uma variedade de velhas folhas com textos escritos a caneta, mas
que já não se conseguia ler nada, devido à sua sujidade. De repente, uma
ratazana passa pelo chão a correr, o que deu origem aos gritos da Francisca, da
Maria, e um grito bem arrepiante do Luís. Originou uma gargalhada geral. Mas algo
chamou a atenção da Maria, naqueles velhos papeis, havia lá num cantinho, um
símbolo que ela conhecia, mas não se lembrava o que significava.
- Miguel, vê isto! O que achas?
O Miguel, meio assustado, pegou nos papéis, olhou o símbolo e
só teve tempo de gritar:
- Fuuujjjaaammm.
Desataram todos a correr, amedrontados.
A Francisca, ofegante,
bem perguntava:
- O que aconteceu? Miguel…
Os outros amigos nem falavam, só corriam.
O Miguel e a Francisca já não aguentavam de tanto rir…
- Bela partida!
Os amigos ficaram danados, pois não ganharam para o susto!
Os cinco amigos, uns meio chateados,
outros fartos de rir, voltaram para o seu mini acampamento onde puderam
descansar e recuperar as forças e o bom humor. No dia seguinte, acordaram bem
cedo e prepararam-se para um novo dia, esperavam eles, cheio de emoções e
divertimentos e foram passear pela floresta, já com o acampamento desmontado e
mochilas nas costas. O Miguel ia em frente, abrindo o caminho para os
companheiros passarem em segurança e encontraram-se com uns quantos veados e
outros animais, que passeavam na manhã primaveril e aperceberam-se de que já
estavam perto da saída da floresta. Ficaram sentados numa grande pedra a
conversar e a cantar canções. Então, depois de algumas brincadeiras decidiram
sair da floresta e foram todos tomar o pequeno almoço a um café, o Central, que
era considerado por eles uma espécie de “ponto de encontro”. O Zé e os seus
quatro amigos combinaram fazer mais destes encontros e cada um traria mais um
amigo. Todos concordaram. Ao final da manhã, foram cada um para sua casa
ansiosos por uma próxima vez.
Gabriel Dias 6º A (Concurso "Uma Aventura Literária 2015" da Ed. Caminho)
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