-O que fazes aqui? E eu respondi:
-É uma longa história!
Contei-lhe tudo e depois resolvi perguntar-lhe onde estava, ele logo me
respondeu:
-Estás na ilha dos doces!
-Na ilha dos doces?! Perguntei eu muito impressionada com o
seu nome.
-Sim, vez ali adiante umas casas com muitas chaminés?
-Sim. -respondi.
-Bem, são as fábricas de doces, lá são preparados e
confecionados.- Disse o anão.
-Acho que já ouvi uma lenda sobre este sítio. -disse
pensativa.
-És capaz, diz-se que existe um feiticeiro que todos os anos
no dia trinta e um de Dezembro, à meia-noite em ponto, vai lá para comer todos
os doces que se encontram na fábrica principal, aquela mais alta! -disse o anão
apontando e depois continuou:
-Já se tentou de tudo, já colocaram alarmes, aloquetes etc.
Mas sempre consegue comer os doces. Até podiam colocar pessoas a vigiar mas
elas têm medo do feiticeiro. De repente aflita digo-lhe:
-Dia trinta e um é já na próxima semana!
Na semana que decorreu, visitei a ilha que como era muito
pequena quase que uma semana era demais! O anão mostrou-me a ilha de cima a
baixo. Mas continuava a magicar, não parava de pensar na lenda. Foi então que
chamei o anão. O que se passa?
-Vais fazer algo especial no dia trinta e um?
-Bem, eu ia…
-Já vi que não tens planos! -disse eu atropelando-o para ele
se comprometer.
-Nesse mesmo dia vamos vigiar a fábrica principal dos doces.
-Disse com grande esperança.
Chegara o dia esperado, eu estava ansiosa mas o anão só
queria que o dia acabasse! Estava quase a chegar a meia-noite e nós já
estávamos no local pretendido. Era meia-noite, ruídos ouviram-se, e de repente,
ouve-se um latir. Olhei muito atenta e observei um cão que se encontrava a
comer os doces e disse para o anão:
-Aqui está o nosso ladrão!
Levámo-lo para casa do anão e tentámos arranjar dono mas sem
sucesso, foi então que o anão disse:
-Eu fico com o cão!
E de repente… trrrim…trrrim…trrrim… era o despertador para
acordar, estava em casa e achei estranho. Contei aos meus pais e eles disseram:
-Que imaginação fértil!
Nunca soube se tinha sonhado ou não, só sei que cada vez que
vejo um doce me lembro desse sonho real.
Margarida Forte 6ºA
Participação no Concurso Literário “ Uma aventura literária…2014”
(Ed. Caminho)
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