quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Uma aventura a sonhar

Lá estava eu na cama quando, de repente, aparece uma porta. Não sabia o que estava daquele lado, o que lá existia, parecia assustadora e entrei. Será que era o início de uma grande aventura? Vi uma estrada, não fazia qualquer ideia onde ia dar mas decidi arriscar. No caminho, após ter dado cinco passos, vi um anão muito engraçado, só não me ri porque não ficava bem, mas deu-me cá uma vontade! Ele tinha calças vermelhas às bolas amarelas, suspensórios coloridos e uma camisola com muitos brilhantes e os seus sapatos eram do mesmo formato dos de um palhaço só que colorido, chamou-me a atenção o nariz dele que era tão achatado que a cara dele parecia uma batata. Continuei a andar e ele dirigiu-se a mim perguntando:

-O que fazes aqui? E eu respondi:

-É uma longa história!

Contei-lhe tudo e depois resolvi perguntar-lhe onde estava, ele logo me respondeu:

-Estás na ilha dos doces!

-Na ilha dos doces?! Perguntei eu muito impressionada com o seu nome.

-Sim, vez ali adiante umas casas com muitas chaminés?

-Sim. -respondi.

-Bem, são as fábricas de doces, lá são preparados e confecionados.- Disse o anão.

-Acho que já ouvi uma lenda sobre este sítio. -disse pensativa.

-És capaz, diz-se que existe um feiticeiro que todos os anos no dia trinta e um de Dezembro, à meia-noite em ponto, vai lá para comer todos os doces que se encontram na fábrica principal, aquela mais alta! -disse o anão apontando e depois continuou:

-Já se tentou de tudo, já colocaram alarmes, aloquetes etc. Mas sempre consegue comer os doces. Até podiam colocar pessoas a vigiar mas elas têm medo do feiticeiro. De repente aflita digo-lhe:

-Dia trinta e um é já na próxima semana!

Na semana que decorreu, visitei a ilha que como era muito pequena quase que uma semana era demais! O anão mostrou-me a ilha de cima a baixo. Mas continuava a magicar, não parava de pensar na lenda. Foi então que chamei o anão. O que se passa?

-Vais fazer algo especial no dia trinta e um?

-Bem, eu ia…

-Já vi que não tens planos! -disse eu atropelando-o para ele se comprometer.

-Nesse mesmo dia vamos vigiar a fábrica principal dos doces. -Disse com grande esperança.

Chegara o dia esperado, eu estava ansiosa mas o anão só queria que o dia acabasse! Estava quase a chegar a meia-noite e nós já estávamos no local pretendido. Era meia-noite, ruídos ouviram-se, e de repente, ouve-se um latir. Olhei muito atenta e observei um cão que se encontrava a comer os doces e disse para o anão:

-Aqui está o nosso ladrão!

Levámo-lo para casa do anão e tentámos arranjar dono mas sem sucesso, foi então que o anão disse:

-Eu fico com o cão!

E de repente… trrrim…trrrim…trrrim… era o despertador para acordar, estava em casa e achei estranho. Contei aos meus pais e eles disseram:

-Que imaginação fértil!

Nunca soube se tinha sonhado ou não, só sei que cada vez que vejo um doce me lembro desse sonho real.
 
Margarida Forte  6ºA
 
Participação no Concurso Literário “ Uma aventura literária…2014” (Ed. Caminho)

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