Lara, a Mariana e o Lucas estavam ansiosos
pela viagem ao México com os seus pais, faltavam apenas 2 dias para a grande
viagem e eles já estavam a imaginar como tudo seria...
Chegado o grande dia, eles embarcaram no
avião com muita alegria pois nunca tinham saído de Portugal e nunca tinham
viajado de avião.
A viagem começou e os três foram para
junto da janela para verem a paisagem de Lisboa vista do céu.
Logo que puderam, no México fizeram uma
excursão para aprenderem mais sobre os maias e os seus costumes.
O guia que acompanhou a excursão, chamava-se
Jorge e começou a explicar-lhes as cores do mundo maia: o preto que significa
baixo-inframundo;o branco que significava cima- supramundo; azul-esquerda e
vermelho-direita e a seguir mostrou-lhes a grande pirâmide de Chichén Itzá,
eles ficaram maravilhados com a história da pirâmide e com a descrição do que
acontecia quando algum maia morria. Chegada uma certa altura o Lucas disse.
-Até agora só lendas, eles não praticavam
desporto?
-Praticavam sim e é disso que vos vou
falar agora. Os maias jogavam à bola mas não jogavam futebol, jogavam o jogo de
bola ou ulama com uma bola de pedra,
jogavam com a anca, o objetivo era que a bola passasse por uma argola de pedra
colocada na vertical. O jogo podia demorar dias ou semanas...mas só acabava
quando uma equipa vencesse. A equipa derrotada iria sacrificar-se para os
deuses mas em sua homenagem o povo construía uma coluna de pedra. – Respondeu o
guia.
- Caramba que má sorte, se fosse maia nem
me atrevia a jogar...- Respondeu o Lucas muito rapidamente.
- Nem eu!- Respondeu a Lara.
- Agora terão algum tempo para comprar
recordações depois vamos continuar a viagem- Disse o guia.
- Onde é que vamos a seguir?- Perguntou a
Mariana.
- Vamos a um cenote- Responde o guia.
- O que é isso?- Perguntou o Lucas.
- Um cenote é um poço natural resultante do colapso da camada de calcário que expõe as águas
subterrâneas por baixo. Especialmente
associado
com a península de Yucatán, que é precisamente onde
estamos. Os cenotes eram por vezes usados
por antigos maias para ofertas de sacrifício.
- Para a
próxima não pergunto nada, parecia que estava a falar com uma enciclopédia!-
sussurrou o Lucas à Lara.
Continuaram
com a viagem até que a certa altura o senhor Jorge disse:
- Os maias
também eram povos muito organizados por isso também tinham uma forma de contar
as coisas. Para fazerem matemática usavam barras e pontos. Um ponto era uma
unidade, uma barra era uma meia dezena, o número zero era representado por uma
concha. Agora vamos seguir para as ruínas de Ek Balam.
- Ek quê?
-Perguntou a Mariana.
- Ek
Balam, é um sítio que já está em ruinas, resumidamente é uma pirâmide que os
maias construíram porque acreditavam se construíssem uma grande pirâmide
ficavam mais perto do céu e os deuses os ajudavam mais. Especialmente o deus Chac que era o deus da chuva, representado por um
guerreiro cujas lágrimas caem na terra. As chuvas ajudavam as plantações e Chac tornou-se o deus da agricultura.
Era adorado como quatro entidades diferentes - cada uma representa um dos
pontos cardeais. Mas quando estiverem na pirâmide em ruínas cuidado ao descer
pois acreditem ou não subir é mais fácil.
-Não deve ser, subir sempre me custou mais!-
Disse o Lucas.
Então os três subiram e verificaram que subir
era fácil mas quando chegaram ao topo olharam para baixo e viram que estavam a
uma grande altitude e começaram a procurar uma solução porque os degraus eram
fininhos e nem tinham um corrimão para se agarrar! Mas conseguiram arranjar uma
solução pois não queriam passar o resto das férias no hospital, a solução foi
descerem degrau a degrau quase sentados e bem devagarinho.
Após a excursão e como ainda não estavam muito
cansados foram nadar com os seus pais para o recife de coral do México.
Catarina Francisco 5ºA
Participação no Concurso Literário “ Uma aventura literária…2014”
(Ed. Caminho)
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