Na manhã de natal Hugo
correu para a árvore mas não tinha presentes, pensou:
-Talvez tenhamos sido só nós,
vou ver às outras casas.
Mas nas outras casas a
cena repetia-se. Então o Hugo pensou:
-Será que o Pai Natal foi
raptado?-entretanto no resto do mundo acontecia o mesmo.
Combinando e voltando a
combinar chegou-se a um consenso: fazer uma assembleia para salvar o Natal.
As eleições iam ser
primeiro por cidade, depois país, depois continente e por fim mundo, e podiam
ser crianças a ser eleitas.
Primeiro Hugo venceu as da
sua cidade, depois a do seu país, depois a do seu continente e por fim as do
mundo.
Só ficaram três pessoas (dois adultos e uma
criança que era Hugo), e marcou-se o dia de partida para o Pólo Norte (20 de
janeiro).
No dia marcado, um avião
aterrou na casa de cada um dos vencedores e levou-os até ao Golfo do Alasca no
Canadá, em seguida foram de carro até Northwestern Passages, de barco até Nuk,
daí até ao fim de terreno sem neve de carro e para terminar de trenó até ao
fim...tinha demorado a viagem, até ao fim de terreno sem neve, 56 dias.
O trenó parecia um comboio: cada um tinha uma carruagem, todas eram cobertas
e a do condutor coberta também.
Quatro dias depois da viagem de trenó largaram-se duas carruagens por se ter
partido o que as ligava e de excesso de peso e nunca mais ninguém as viu (a que
sobrou foi a do Hugo). Poucos dias depois encontraram a fábrica do Pai Natal,
onde Hugo falou com os duendes, e um disse:
-O Pai Natal foi dar um passeio e nunca mais voltou! Disse que ia a
Svalbard.
Hugo respondeu:
-Então vamos para lá. E obrigado pela ajuda.
E lá foram eles até Svalbard. Quando chegaram, viram ao longe uma luz
de uma casa. Decidiram ir até lá mas o condutor partiu uma perna, e teve de
ficar para trás, Hugo seguiu em frente. Quando se chegou mais perto viu pela
janela o Pai Natal preso e um miúdo a ameaçá-lo dizendo que se não lhe
transferisse para o grupo dos bem comportados morreria. Hugo entrou fazendo o mínimo barulho
possível ,atirou-o ao chão, prendeu-o e soltou o Pai Natal.
Voltaram à fábrica onde deixaram o Pai Natal, Hugo voltou para casa e
o miúdo foi para a prisão.
Passado três dias já toda a
gente tinha presentes. E Hugo ficou a ser conhecido por todo o mundo.
Francisco Moitinho 5ºA
Participação no Concurso Literário “ Uma aventura literária…2014”
(Ed. Caminho)
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