domingo, 3 de fevereiro de 2013

Uma aventura no Parque de Diversões


 

O verão começava a aquecer e o fim das aulas e dos exames vinha mesmo a calhar. No fim da semana começavam oficialmente as férias e todos aguardavam ansiosamente. Os gémeos Álvaro e Tiago que frequentavam o 6º ano não podiam esperar mais desassossegados pois tinham já combinado com as suas amigas, o  “ Trio dos Cs” uma ida ao parque de diversões. O “Trio dos Cs” como eram conhecidas em toda a escola, eram as três amigas inseparáveis, a Catarina, a Cláudia e a Cristina. Os cinco formavam um grupo dinâmico e aventureiro sempre pronto a arriscar-se em busca de uma boa história.

Estava então acordado que sábado logo pela manhãzinha se levantariam cedo e apanhariam o metro que os levaria até à porta do parque. Às 07:30 já os gémeos esperavam pelo “Trio dos Cs” que estavam atrasadas como de costume. Só às 07:45 finalmente conseguiram reunir todo o grupo e partir rumo à aventura.

A viagem de metro levou algum tempo, tempo esse que passaram a contar piadas e a brincar e quando deram por isso estavam já à porta do parque dispostos a invadir aquele antro de brincadeira.

Logo na entrada começou a discussão: os gémeos destemidos queriam começar pela montanha russa invertida, de cabeça para baixo e pés para o ar. Um espetáculo! As meninas do “Trio dos Cs”, mais comedidas preferiam as diversões com água como as quedas das cataratas do Nilo onde desciam numa canoa a alta velocidade de uma altura de mais de 20 metros e que ao bater na água, esta os molhava. Todos argumentaram mas gentilmente os gémeos cederam com a garantia que de seguida partiriam para a montanha russa.

As cataratas do Nilo foram realmente bestiais tal como as meninas previram. A queda metia medo mas quando a canoa bateu na água todos os receios se deceparam.

Os cinco partiram a seguir em grande correria para a montanha russa, mas ao passarem pelo largo artificial viram um barco que era a novidade do parque daquele ano e foram mesmo os gémeos tão interessados na montanha russa que propuseram visitar o ”Barco Assombrado” primeiro.

            Num instante, tinham já um pé no barco que baloiçava ao sabor das ondas suaves do lago. Algo naquela atmosfera os perturbava. Deram uma volta no convés para admiraras vistas e decidiram depois visitar o seu interior. Desceram aos deques inferiores onde soava uma música aterradora, e os quais eram todos eles mal iluminados para suscitar medo; apenas alguns candelabros lhes forneciam alguma luz o que não lhes permitia ver bem onde colocavam os pés. As tábuas do chão mexiam-se em várias direções; ora para a frente e para trás, ora para cima e para baixo, ora para os lados, parecia impossível adivinhar o que iria acontecer a seguir.

            No fim de um corredor estreito, quando pensavam estar a chegar ao fim, surge mais um fantasma que parecia que lhes ia bater com uma pá na cabeça e todos começaram a correr assustados. Catarina deixou cair a mala e quando se virou para a apanhar já uma mão a puxava agilmente por entre as tábuas que se moviam no chão. Chamou os amigos e pondo os medos para trás das costas procuraram a mala por toda o lado mas nada de aparecer.

Decidiram ir apresentar queixa à direção do parque mas ao chegar ao dito gabinete encontraram já um grande número de pessoas que aguardavam para ser atendidas. Naquele compasso de espera ficaram a saber que todos estavam ali para apresentar queixa de roubos dentro do afamado barco. Roubos esses cometidos pelo ”fantasma do convés”.

No meio da correria e da confusão perdiam-se carteiras, malas de senhora, telemóveis e até máquinas de fotografias. Ninguém era visto; apenas uma mão se esgueirava por entre as tábuas para surripiar o que não lhe pertencia.

Os cinco decidiram não esperar para ser atendidos. Já lá se encontrava tanta gente que uma queixa a mais ou a menos não faria diferença. O melhor era partir para a ação e tentar resolver o caso. Dispuseram-se a voltar ao barco rapidamente e montar uma armadilha para apanhar o ladrão de surpresa.

Entraram no barco como se nada se tivesse passado e de nada soubessem. Acordaram que quem deixaria agora cair o saco que trazia consigo seria a Cláudia, só que apenas teria dentro o seu telemóvel. Entraram no deque onde Catarina ficara sem a mala e começaram a fazer o percurso como se não o conhecessem. Quando chegaram ao local do “fantasma do convés” a Cláudia deixou cair o seu saco como combinado. O Tiago bem viu uma mão puxar o saco no meio da escuridão e ouviu passos que corriam no meio das paredes ocas.

- Telefona agora para o telemóvel da Cláudia. Disse-lhe o Álvaro baixo para mais ninguém ouvir.

Logo se ouviu o telemóvel tocar e começaram uma perseguição ao fantasma. Correram na direção do som sem se preocuparem com os obstáculos ou com a escuridão. Quando parecia que o som estava muito perto, depararam-se com uma porta encoberta por panos negros e todos juntos empurraram-na com força. Aí escondia-se um homem baixote e gordo que ao ver que tinha sido apanhado com a boca na botija ainda tentou fugir, mas os gémeos passaram-lhe uma rasteira e ele caiu como um tomate ao chão. Já no chão foi fácil dominá-lo.

Enquanto os rapazes o seguravam, as meninas foram pedir ajuda ao segurança que tinham avistado anteriormente no exterior do barco. O segurança achou melhor chamar primeiro a policia e logo de seguida foram todos juntos auxiliar os gémeos. O ladrão foi levado para o gabinete do director do parque, mas ao lá chegar, as pessoas que até aí queriam apresentar queixa por roubo começaram a querer fazer justiça com as suas próprias mãos. Só a polícia conseguiu acalmar os ânimos e devolver os bens roubados aos seus donos depois de muita confusão e discussão.
 
Mariana Oliveira 6ºB

 

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