Para se colher um poema
Primeiro temos de o semear
E eu vou-te ensinar
Cada passo para o realizar
Na terra fértil da rima
Plantas as sementes da palavra
Com a água cristalina das vírgulas
Pontuas os bolbos das frases
Os ventos gritantes
Atraem os risos da imaginação
E o pólen das narrativas
É sugado pelos insetos da subordinação
Para os rios molhados da metáfora
São atiradas as pedras fortes da personificação
E o pequeno embrião do verso
Ganha folhagem depois da adaptação
E depois de tantos esforços
E depois de tantos gemidos cansados
O contente regresso do Sol
Ilumina o pequeno poema
E assim depois de tantos acontecimentos
O vistoso poema já está pronto a colher
Já está pronto para se escrever
Já está pronto para se esquecer
Margarida Ferreirinha 6ºA
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