segunda-feira, 24 de agosto de 2015

O poema

Para se colher um poema

Primeiro temos de o semear

E eu vou-te ensinar

Cada passo para o realizar


Na terra fértil da rima

Plantas as sementes da palavra

Com a água cristalina das vírgulas

Pontuas os bolbos das frases


Os ventos gritantes

Atraem os risos da imaginação

E o pólen das narrativas

É sugado pelos insetos da subordinação


Para os rios molhados da metáfora

São atiradas as pedras fortes da personificação

E o pequeno embrião do verso

Ganha folhagem depois da adaptação


E depois de tantos esforços

E depois de tantos gemidos cansados

O contente regresso do Sol

Ilumina o pequeno poema


E assim depois de tantos acontecimentos

O vistoso poema já está pronto a colher

Já está pronto para se escrever

Já está pronto para se esquecer



Margarida Ferreirinha   6ºA

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