Uma gota de chuva...
aparentemente igual às outras,
poisada numa folha verdinha,
a olhar o gigantesco céu.
Uma gota de chuva...
tão redondinha, tão perfeitinha,
em pleno verão escaldante,
em crescimento constante.
Uma gota de chuva...
a causar-me aflição:
de tanto calor que estava,
escorria até ao chão.
Uma gota de chuva...
às portas da morte,
quase na beirinha da folha,
com uma brisinha norte.
E lamentar-me...
seria pouco.
E discutir...
era sem razão.
Então inclinei-me
para salvar o milagre da vida
que caira, sem cessar
na minha mão.
E uma gota de chuva
aparentemente igual às outras
Fez-me sentir feliz,
com o coração aberto.
Marta Lopes 6ºA
Poema integrado no projeto "Poemas em dia"
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